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30.9.07

“VEJA” MIRA GUEVARA E ACERTA O PRÓPRIO PÉ

Celso Lungaretti (*)

Os 40 anos da morte de Ernesto Guevara Lynch de la Serna, a se completarem no próximo dia 9, dão ensejo a uma nova temporada de caça ao mito Che Guevara por parte da imprensa reacionária, começando por Veja, que acaba de produzir uma das matérias-de-capa mais tendenciosas de sua trajetória.

"Veja conversou com historiadores, biógrafos, antigos companheiros de Che na guerrilha e no governo cubano na tentativa de entender como o rosto de um apologista da violência, voluntarioso e autoritário, foi parar no biquíni de Gisele Bündchen, no braço de Maradona, na barriga de Mike Tyson, em pôsteres e camisetas”, afirma a revista, numa admissão involuntária de que não praticou jornalismo, mas, tão-somente, produziu uma peça de propaganda anticomunista, mais apropriada para os tempos da guerra fria do que para a época atual, quando já se pode olhar de forma desapaixonada e analítica para os acontecimentos dos anos de chumbo.

Não houve, em momento algum, a intenção de se fazer justiça ao homem e dimensionar o mito. A avaliação negativa precedeu e orientou a garimpagem dos elementos comprobatórios. Tratou-se apenas de coletar, em todo o planeta, quaisquer informações, boatos, deturpações, afirmações invejosas, difamações, calúnias e frases soltas que pudessem ser utilizadas na montagem de uma furibunda catalinária contra o personagem histórico Ernesto Guevara, com o propósito assumido de se demonstrar que o mito Che Guevara seria uma farsa.

Assim, por exemplo, a Veja faz um verdadeiro contorcionismo retórico para tentar tornar crível que, ao ser preso, o comandante guerrilheiro teria dito: "Não disparem. Sou Che. Valho mais vivo do que morto". Ora, uma frase tão discrepante de tudo que se conhece sobre a personalidade de Guevara jamais poderá ser levada a sério tendo como única fonte a palavra de quem posou como seu captor, um capitão do Exército boliviano (na verdade, eram oficiais estadunidenses que comandavam a caçada).

É tão inverossímil e pouco confiável quanto a “sei quando perco” atribuída a Carlos Lamarca, também capturado com vida e abatido como um animal pelas forças repressivas.

E são simplesmente risíveis as lágrimas de crocodilo que a Veja derrama sobre o túmulo dos “49 jovens inexperientes recrutas que faziam o serviço militar obrigatório na Bolívia” e morreram perseguindo os guerrilheiros. Além de combater um inimigo que tinha esmagadora superioridade de forças e incluía combatentes de elite da maior potência militar do planeta, Guevara ainda deveria ordenar a seus comandados que fizessem uma cuidadosa triagem dos alvos, só disparando contra oficiais...

É o mesmo raciocínio tortuoso que a extrema-direita utiliza para tentar fazer crer que a morte de seus dois únicos e involuntários mártires (Mário Kozel Filho e Alberto Mendes Jr.) tenha tanto peso quanto a de quatro centenas de idealistas que arriscaram conscientemente a vida e a liberdade na resistência à tirania, confrontando a ditadura mais brutal que o Brasil conheceu.

Típica também – e não por acaso -- da retórica das viúvas da ditadura é esta afirmação da Veja sobre o legado de Guevara: “No rastro de suas concepções de revolução pela revolução, a América Latina foi lançada em um banho de sangue e uma onda de destruição ainda não inteiramente avaliada e, pior, não totalmente assentada. O mito em torno de Che constitui-se numa muralha que impediu até agora a correta observação de alguns dos mais desastrosos eventos da história contemporânea das Américas”.

Assim, a onda revolucionária que se avolumou na América Latina durante as décadas de 1960 e 1970 teria como causa “as concepções de revolução pela revolução” de Guevara e não a miséria, a degradação e o despotismo a que eram submetidos seus povos. E a responsabilidade pelos banhos de sangue com que as várias ditaduras sufocaram anseios de liberdade e justiça social caberia às vítimas, não aos carrascos.

É o que a propaganda enganosa dos sites fascistas martela dia e noite, tentando desmentir o veredicto definitivo da História sobre os Médicis e Pinochets que protagonizaram “alguns dos mais desastrosos eventos da história contemporânea das Américas”.

Não existe muralha nenhuma impedindo a correta observação desses episódios, tanto que ela já foi feita pelos historiadores mais conceituados e por braços do Estado brasileiro como as comissões de Anistia e de Mortos e Desaparecidos Políticos. Há, isto sim, a relutância dos verdugos, de seus cúmplices e de seus seguidores, em aceitarem a verdade histórica indiscutível.

E a matéria-de-capa da Veja não passa de mais um exercício do jus sperniandi a que se entregam os que têm esqueletos no armário e os que anseiam por uma recaída totalitária, com os eventos desastrosos e os banhos de sangue correspondentes.

* Celso Lungaretti é jornalista, escritor e ex-preso político. Mais artigos em http://celsolungaretti-orebate.blogspot.com

32 comentários:

Anônimo disse...

Belo artigo, parabéns.

Unknown disse...

Celso, meus parabéns! Este post reflete exatamente o que senti qdo li essa "reportagem" na revista Veja... isso me lembra uma frase q li, tempos atrás "Que ironia! A Veja quer me deixar cega!"

Cássio Augusto disse...

Esperar mais o que da Revista Veja??? este "verdadeiro partido neo-liberal" como diz a professora Carla Luciana Silva!!!

Unknown disse...

Qual suia opinião sobre o autoritarismo de Guevara? Independente do que disser a Veja, é fato notório que o mesmo mandava fuzilar dissidentes sem a menor cerimônia, não sendo, na minha opinião, exemplo nenhum de liberdade.

celsolungaretti disse...

Hilário, é indiscutível que o indivíduo Guevara era generoso e idealista até que, no curso da luta contra o ditador Fulgêncio Batista, começou a incorrer em excessos que em nenhum momento elogiei.

Como todo ser humano, foi contraditório. Um jornalismo de verdade procuraria explicar essas contradições, em vez de omitir tudo que pudesse ser favorável e maximizar os aspectos negativos.

A Veja se tornou uma revista maniqueísta, a serviço das piores causas. Quando não está em campanha para derrubar presidentes, está tentando destruir mitos libertários.

Que, em muitos casos, são maiores do que os personagens que lhe deram origem, expressando os anseios mais nobres dos melhores seres humanos.

Só reacionários empedernidos são capazes de tratá-los como farsa, no afã de defender um status quo de injustiças e desumanidade.

Yves disse...

ótimo artigo!, parabéns!, um dia essas farsas irão cair!

Francisco disse...

Recentemente o noticiario da grande imprensa deu uma guinada muito ideologicamente tendencioso à direita (esta semana todos fuzis conta Morales, Chaves, MST e Guevara).
Este retorno retorico parece organizado e sistematico e planejado (como uma campanha de impacto).
O que eles estão planejando?

An@ Acevedo disse...

Perfeita sua analise e é por essas e outras que a credibilidade da Veja não existe e o anti jornalismo é praticado em sua excelência por eles.

Add seu blog no meu blog ok?

Um abraço

Luciano Soares disse...

Celso, parabéns pela análise, mas você, como eu, e muitos, sabe que não se podia esperar outra coisa de uma revista como a Veja. Ela própria, ao longo dos anos, vem moldando a sua máscara neoliberal, elitista e facista.
Isso ficou visível na sua campanha de caça ao MST, quando criticou veemente o livro O Socialismo e a Igreja Católica, e quando aplicou seu veneno nas ONGs, entre elas o Greenpeace.
Mas sinto que o seu império tá caindo, e seu editores também sentiram isso, qdo começaram a "amaciar" com a esquerda e fazer prograndas em Tv para vender a revista. Mas essa semana, qdo cheguei na banca e vi a sua capa, disse: esta é a Veja. Quase comprei-a no sentido de enriquecer meu artigo que estou escrevendo nesse exato momento para a Gazeta de Minas, e que só parei para ler o seu. Mas pensei: Não vou dar dinheiro para esse tablóide a serviço da elite burguesa.
Mas vamoas aí, lutando e nos valendo do exemplo do grande Che.

Fiz uma matéria sobre ele que publico em alguns jornais, mas antecipo-a em meu blog. Gostaria que lesse e comentasse:
http://www.imagemeletra.blogspot.com/

Um abraço.

Luciano Soares

Yuri Contini disse...

A Veja não podia deixar passar essa. Daqui a pouco eles voltam com outra capa do Renan ou de outro aliado de Lula.

Unknown disse...

genial! fico feliz por estar fora deste país de Veja e rede Globo; mais feliz ainda por saber que não acabaram com todas as cabeças pensantes dessa terra de ninguém...

parabéns, celso!

Fabio Lobo - Flórida, USA.

Guest disse...

A Ignorância é uma benção ou uma maldição.

O pessoal está dando pulinhos aí por causa da revista Veja. Agora como exemplo e sobre o que mais repercutiu, observem que a passagem do "Não atirem" foi da biografia dele escrita pelo cientista político mexicano Jorge Castañeda (Che Guevara: A Vida em Vermelho, publicada no Brasil em 1997). Pelo que li e pelo que me lembro todas as questões levantada pela revista podem ser acessadas em bibliotecas... E isso sem falar que este mesmo livro, citado acima, muitas vezes é utilizado por defensores do CHE. (É muito engraçado ver essa gente se iludindo).

Anônimo disse...

Concordo em gênero, número e grau! Tenho absoluta certeza que essa reportagem VEJA foi uma ação de manipulação em massa, com o objetivo de pôr a sociedade de uma maneira geral contra possíveis agentes revolucionários e uma tentativa de frustrar os "seguidores" de Che, a fim de calar, abafar, deturpar tudo o que foi feito - e ainda hoje é feito, que diga-se de passagem- por guerrilheiros que lutam contra o imperialismo americano ou qualquer outra forma de dominação econômica e cultural.
Achei ótima a tua matéria! Entra em contato comigo, meu e-mail é amylorensc@hotmail.com
Ah! E também achei ótima a sua resposta ao "hilario". Bem apropriada...

Anônimo disse...

Pude ler hoje essa reportagem da Veja e fico muito feliz em saber que existem pessoas que ficaram tão indignadas quanto eu.
Mais uma vez, como já era de se esperar, a Veja se mostra tendenciosa. Um absurdo!
Parabéns pela postagem.

MASQUINO disse...

Acho que não deveriam queimar as revistas.Eles vão,depois,nos acusar de ser como os chineses da Revolução Cultural,que queimaram livros.
Acho que deveriam jogar as revistas da "VEJA" na sarjeta-esse é o lugar para onde o jornalismo de esgoto deve ir.
Um abraço!

Anônimo disse...

Não achei nesse blog o que proucurava.
Dados que confirmem que realmene não houve banho de sangue, morte de civis, violência gratuita e por vezes arbritária.

Mas algo acalenta minha dor. O rompimento de Che com Fidel Castro. Este que desrrespeita os direitos humanos e fez de Cuba uma merda.

Pobres atletas cubanos que, no Pan do Rio, desejaram ficar aqui.

Unknown disse...

Olá Celso, ótimas palavras, gostaria de poder manifestar minha "ira" com tal revista mas receio que este não seja o local adequado =).

O texto da matéria é digno de pena, de alguns coitados loucos por dinheiro e "vendagens" cada vez maiores, digno de jornalistas vendidos...

Obrigado pela manifestação...infelizmente ainda não vi muitas por ae...

abraço
Heitor
heitorsb@itelefonica.com.br

Anônimo disse...

Parabéns pelo excelente artigo, Celso.
Abs.

celsolungaretti disse...

Vamos às respostas das questões levantadas.
Francisco, eu diria que a imprensa burguesa continua conservadora como sempre foi - e muito mais agora, quando os grandes veículos estão cada vez mais caindo nas garras dos banqueiros. Já a "Veja" está andando para trás, como caranguejo. Vide, p. ex., a enorme distância entre essa matéria repulsiva dos 40 anos da morte do Che e o texto digno que ela produziu no 30º aniversário ( http://veja.abril.com.br/090797/p_088.html ).
E que dizer da "Veja" de 1969, que denunciava as torturas, confrontando a ditadura ( http://vejaonline.abril.com.br/notitia/servlet/newstorm.ns.presentation.NavigationServlet?publicationCode=1&pageCode=1267&textCode=80992)?!
Mas, há uma boa explicação para esse retrocesso: a entrada na sociedade de um grupo empresarial sul-africano, daqueles que estavam acumpliciados com o apartheid ( http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?cod=24338&lang=PT ).
Guest, o Castañeda mais famoso é o Carlos, que se revelou um farsante. O fato de esse tal Jorge engolir e passar adiante a versão do pretenso captor não lhe confere credibilidade. "Em tempo de guerra, mentira como terra", diziam os antigos.
Masquino, concordo contigo: queima de revistas lembra a Inquisição.
Geda, os excessos da revolução costumam ser chorados pelos mesmos que aplaudem os excessos da reação. Eu nunca compartilhei essa ótica maniqueísta. Sempre que nosso lado comete uma injustiça, eu a repudio - como no caso que você citou dos atletas cubanos, quando me posicionei contra sua deportação.

Anônimo disse...

Che é o símbolo maior do sonho de uma América Latina livre do imperialismo daqueles que se apossaram até do nome do continente.
Os tais opressores já tentaram de todos os jeitos descredibiliza-lo, desde coloca-lo como griffe até depreciar a "Revolução cubana" (que ele ajudou a tornar real) através de um embargo cruel e assassino. Como agora alguns países da nossa famigerada América cansaram de servir de quintal e estão buscando os próprios interesses(vide, Venezuela, Equador,Bolívia), aqueles que trabalham a serviço do imperialismo começam a buscar formas de enfraquecer o projeto.
Bem típico de quem colaborou com o "apartheid"...

Anônimo disse...

Celso, maravilhoso o texto. A Veja não vê mais nada jornalisticamente. Parece comandada por um general louco, atirando em fantasmas. Pena que essas fantasmas sangram.
parabéns!

Anônimo disse...
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Anônimo disse...
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.barile disse...

"Che Guevara nasceu na Argentina. Ajudou a humilhação-política-viva Fidel Castro a implantar uma ditadura em Cuba, e foi morrer encurralado, fraco e covarde na Bolívia, há 40 anos. Alguém com esse currículo não pode ser considerado um mito. "

é um atestado de alienação política alguém ainda acreditar que o comunismo dá certo.

Anônimo disse...

Ótimo artigo, disse tudo. Parabéns!
Dê uma olhada nesse artigo aqui, gostei muito também. Ele tem mais é conhecimento sobre o Che Guevara. É muito interessante

Carlos Eduardo F. Vecchio disse...

Ernesto Guevara Lynch de la Serna, o Che Guevara, queiram ou não, já integra a História da Humanidade, onde ocupa lugar de honra e maior destaque. Está presente em todas as enciclopédias, através de grande número de linhas, superior ao das que foram dedicadas aos maiores vultos ou líderes mundiais. Seu nome jamais será esquecido, jamais será lançado à “lata de lixo da história” como gostariam os minúsculos (pelo menos em termos de projeção mundial) Diogo Schelp e Duda Teixeira, defensores do que há de pior no atual pensamento da direita e do imperialismo ideológico norte-americano. Estes autores sim, por sua pequenez, dificilmente entrariam a História e, portanto, também não teriam como ir parar na tal “lata de lixo”. Como jornalistas, jamais poderão ser comparados a um Celso Lungaretti. Teriam que evoluir muito para chegar a tanto, mas a vida é curta e dificilmente passa dos noventa. Contudo, vejam a incoerência: por ocasião dos “40 Anos Sem Che”, Veja (ed. 2028, de 3.10.07), a revista de maior tiragem do País, dedicou a esse homem – cuja maior grandeza estava em seu idealismo, destemor, e nas provas de amor aos deserdados da Terra – nada menos que a reportagem de capa, com nove páginas internas; ou melhor, nove e meia, pois na página 3 foi o tema também da Carta ao Leitor! Cabe a pergunta: que outra personalidade, qual outro grande vulto mereceu tanto dos editores de Veja nestes 40 anos de ininterruptas tiragens? Que eu me lembre, nenhum! Nem Platão, nem Da Vinci, nem Bach, nem Lincoln, nem Lenin, nem Hitler, nem Mao, nem Kennedy... Ninguém! Que grande homenagem! Capa mais nove páginas e meia numa tentativa de desmitificar o não desmitificável, se me permitem o uso de neologismos. Portanto, parabéns ao Lungaretti por seus comentários ao faccioso e lamentável texto (bom na forma, ridículo no conteúdo), e parabéns à Veja pela oportuna divulgação de tão belas e históricas fotos do maior ídolo da juventude mundial.

Carlos Eduardo F. Vecchio, São Paulo, SP – Advogado e Professor Universitrário.

Carlos Eduardo F. Vecchio disse...

Ernesto Guevara Lynch de la Serna, o Che Guevara, queiram ou não, já integra a História da Humanidade, onde ocupa lugar de honra e maior destaque. Está presente em todas as enciclopédias, através de grande número de linhas, superior ao das que foram dedicadas aos maiores vultos ou líderes mundiais. Seu nome jamais será esquecido, jamais será lançado à “lata de lixo da história” como gostariam os minúsculos (pelo menos em termos de projeção mundial) Diogo Schelp e Duda Teixeira, defensores do que há de pior no atual pensamento da direita e do imperialismo ideológico norte-americano. Estes autores sim, por sua pequenez, dificilmente entrariam a História e, portanto, também não teriam como ir parar na tal “lata de lixo”. Como jornalistas, jamais poderão ser comparados a um Celso Lungaretti. Teriam que evoluir muito para chegar a tanto, mas a vida é curta e dificilmente passa dos noventa. Contudo, vejam a incoerência: por ocasião dos “40 Anos Sem Che”, Veja (ed. 2028, de 3.10.07), a revista de maior tiragem do País, dedicou a esse homem – cuja maior grandeza estava em seu idealismo, destemor, e nas provas de amor aos deserdados da Terra – nada menos que a reportagem de capa, com nove páginas internas; ou melhor, nove e meia, pois na página 3 foi o tema também da Carta ao Leitor! Cabe a pergunta: que outra personalidade, qual outro grande vulto mereceu tanto dos editores de Veja nestes 40 anos de ininterruptas tiragens? Que eu me lembre, nenhum! Nem Platão, nem Da Vinci, nem Bach, nem Lincoln, nem Lenin, nem Hitler, nem Mao, nem Kennedy... Ninguém! Que grande homenagem! Capa mais nove páginas e meia numa tentativa de desmitificar o não desmitificável, se me permitem o uso de neologismos. Portanto, parabéns ao Lungaretti por seus comentários ao faccioso e lamentável texto (bom na forma, ridículo no conteúdo), e parabéns à Veja pela oportuna divulgação de tão belas e históricas fotos do maior ídolo da juventude mundial.

Carlos Eduardo F. Vecchio, São Paulo, SP – Advogado e Professor Universitrário.

AlanTech.Shop disse...

Muito bom,....

Meu Parabéns

Maga disse...

olá celso e leitores!
Me chamo Marco Aurélio e gostei muito de sua avaliação Celso, apesar de altamente informativa não deixa de ser tendenciosa, naturalmente...
Sou graduando em Ciências Sociais, ainda não me filei a alguma ideologia, mas simpatizo com o comunismo por acreditar na emancipação do gênero humano, e com os ideiais anaquistas enquanto "duvidantes" da razão humana ( ética, justiça, ideologia, democracia etc podem ser conceitos apropriados por todos os homens em seus discursos, posturas e práticas). Minha postura é primeiramente filosófica, e não política como queiram os vulgares. dito isto há algo que me incomoda diariamente no mundo do capital, (seria o avarento racional de Marx?Talvez...)como reportagens maniqueístas como da revista veja globo, representando agentes do capital.
Particularmente esse fernando:

Chamou Lula de comunista em seu blog e guevara de saguinário(rs), diz ser o comunismo atestado de alienação!!

Ora, não seria um atestado de alienação achar-se não alienado??? Deveríamos entender o Comunismo como prática política-ideológico somente? e o Socialismo, onde entra??? entendo o comunismo como prática histórica humana pois os homens tendem a se unirem, a produzirem trabalho físico e intelectual juntos e, portanto, melhor! da tribo à racionalidade.

E, numa data comemorativa de um ícone ainda há quem reforçe a desumanização de Che, vejam como é os seres humanos! Se bem que possamos chamar alguem deste naipe de humano...
De vez em qndo me identifico mais com nietzche do que com Marx, qndo diz ter o homem tendência a se degenerar...

Anônimo disse...

foE4Xa Your blog is great. Articles is interesting!

Anônimo disse...

Obrigado Celso por dizer aos brasileiros a verdade sobre os fingimentos da veja.
Lágrimas de crocodilo é pouco...
Parece mesmo aquelas lamúrias que culpados ainda não identificados
fazem no velório de suas vítimas...

tudo disse...

Alguém tem de dizer algo.

Você disse.

Parabéns.

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