As aparências enganam: esta NÃO é a redação da Folha de S. Paulo... |
O marco inicial desta nova fase em que o jornal da ditabranda finalmente saiu do armário é a peça de propaganda enganosa intitulada Para militares, Estado combatia o terrorismo (pedófilos, sádicos, assassinos seriais, coprófagos e que tais podem acessá-la aqui --o Ministério da Saúde Mental adverte que a exposição prolongada causa fascistização).
As aparências enganam: esta edição NÃO é dos dias atuais |
E, de quebra, os leitores são convidados a clicarem no endereço eletrônico da matriz, para obterem mais do mesmo:
"A lista mais completa das pessoas mortas pela esquerda armada está no site do grupo Terrorismo Nunca Mais (www.ternuma.com.br).
É um grupo obviamente engajado, como ele se define: 'Um punhado de democratas civis e militares inconformados com a omissão das autoridades legais e indignados com a desfaçatez dos esquerdistas revanchistas'".
As aparências enganam: este AINDA não é o mais novo editor da Folha |
Mas, no caso do Grupo Folha,
trata-se apenas de uma volta às origens: no auge do terrorismo de
estado no Brasil, não só cedia viaturas para camuflarem o serviço sujo
da repressão, como até facilitava o sequestro dos jornalístas da empresa
(ao contrário da família proprietária de O Estado de S. Paulo,
que ajudou a golpear as instituições em 1964 mas nunca permitiu que
seus profissionais fossem caçados pelos torturadores no ambiente de
trabalho).
A Folha
mudou um pouco a linha editorial no governo do ditador Geisel por
orientação do próprio Golbery do Couto e Silva, que capitaneava a abertura lenta, gladual e segura do regime de exceção.
Mas, a nostalgia dos velhos tempos tem batido tão forte nos últimos anos que a Folha não resistiu: arrancou a pele de cordeiro e está reassumindo sua monstruosidade intrínseca.
Aguarda-se
para os próximos dias a confirmação de Carlos Alberto Brilhante Ustra
como seu novo secretário de redação ou editor de Poder...
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