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14.4.10

ISRAELENSES AGEM COMO OS NAZISTAS NOS TERRITÓRIOS OCUPADOS

A Cisjordânia foi ocupada militarmente por Israel em 1967 e jamais devolvida à sua população, de maioria árabo-palestina.

Os ocupantes permitem que a Autoridade Palestina administre alguns bolsões da Cisjordânia. Assim como os nazistas permitiram que Pétain administrasse Vichy.

Estão construindo um muro de separação com 700 km de comprimento, para consolidar a anexação de parte significativa da Cisjordânia Ocidental. Com isto, isolaram 160 mil famílias palestinas.

E já demoliram mais de 20 mil casas das raças inferiores.

Nesta 3ª feira (13) entrou em vigor um decreto do Exército israelense, ampliando os poderes dos comandantes militares da região para expulsar pessoas que não tenham a documentação por eles considerada indispensável.

Ou seja, o ocupante decide quem pode ou não ficar. Os indesejáveis estão sujeitos a serem escorraçados da noite para o dia.

Antes, a possibilidade de expulsão era limitada a imigrantes clandestinos - os coitadezas que iam para lá ganhar a vida. Se originários de países que Israel considera inimigos, fora!

Não havia necessidade de nenhum índicio de que pudessem vir a cometer cometer atos hostis aos israelenses.

Exatamente como os nazistas procediam com os judeus, considerando-os inapelavelmente culpados e puníveis, pouco importando os procedimentos concretos de cada um.

Agora ficou ainda pior. O novo decreto amplia o universo dos candidatos à expulsão sumária, passando a incluir pessoas que “se encontram na região e não possuem autorização de acordo com a lei”, segundo notícia da agência noticiosa britânica BBC:
"...na Cisjordânia moram dezenas de milhares de pessoas que poderiam ser enquadradas na nova definição de 'infiltrados', inclusive cônjuges e parentes estrangeiros de palestinos locais, que entraram legalmente na região mas cujos vistos expiraram".
A ameaça paira também sobre nossos compatriotas:
"Estima-se que entre 4 e 5 mil cidadãos brasileiros morem na região - muitos deles são mulheres brasileiras casadas com palestinos, que vivem há anos na Cisjordânia e podem ser enquadradas no novo decreto, correndo o risco de prisão e expulsão".
Finalmente, vale ressalvarmos que não há só falcões em Israel; ainda existe quem resista à desumanização, dignos herdeiros e depositários dos ideais que os melhores judeus professam há milênios.

Assim, 10 organizações de direitos humanos israelenses escreveram ao ministro da Defesa Ehud Barak, pedindo o cancelamento do novo decreto, já que ele “é ilegal e permite que se prejudique de maneira extrema e arbitrária um grande número de pessoas”.

Como seu protesto cairá no vazio, não cabe sequer dizermos que nem tudo está perdido.

Apenas, que nem todos estão perdidos.

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