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11.3.11

DENÚNCIA GRAVÍSSIMA DE LUNGARZO CONTRA O PRESIDENTE DO STF

A intenção de Peluso seria maximizar o
efeito negativo para a imagem de Battisti


"Quantas outras falácias, invencionices e versões fictícias haverá naquele processo da extradição 1085?! Em qualquer país onde o Judiciário tenha um mínimo de decoro, um voto como esse teria sido imediatamente anulado."

O desabafo é de Carlos Lungarzo, da Anistia Internacional, referindo-se ao relatório que o ministro Cezar Peluso  preparou para o julgamento do pedido de extradição do escritor Cesare Battisti no Supremo Tribunal Federal, em 2009.

Segundo Lungarzo narra no artigo "Inverdade" evidente do relator do Caso Battisti (acessar aqui), ele e a escritora/arqueóloga Fred Vargas, cada qual por seu lado, constataram que Peluso atribuiu o assassinato do açougueiro Lino Sabbadin a dois autores diferentes, em trechos distintos do relatório.

O que se seguiu foi chocante:
"Fred Vargas mostrou a inconsistência a Peluso, que, obviamente, não respondeu e até, junto com outras indignadas 'excelências', ACUSOU A ARQUEÓLOGA DE INTERFERIR NA JUSTIÇA BRASILEIRA!!!"
Eis como Lungarzo avalia a atuação de Peluso:
"Ele atribuía a Battisti ter matado fisicamente a Sabbadin, ou seja, ter feito os disparos mortais com sua própria mão, e no mesmo voto, páginas depois, atribuía o mesmo fato a outra pessoa, da qual Battisti teria sido, segundo o tribunal de Milão, apenas escolta.
Lungarzo vê "intenção deliberada"
de atribuir o crime a Battisti
"Não se trata de uma falsidade factual, como dizer que Battisti estava em Roma, quando, em verdade estava em Milão...

Trata-se de uma oposição lógica, que só pode ser produto de uma intenção deliberada de culpar Cesare pela morte do açougueiro".
 Indagando-se sobre "por que Peluso inventou esta estória, que nenhuma fonte Italiana menciona", Lungarzo só vê uma explicação: 
"Obviamente, o objetivo é produzir um maior impacto adverso sobre Battisti. QUALQUER PESSOA ACHA MAIS IMPRESSIONANTE QUE ALGUÉM TENHA MATADO UMA VÍTIMA COM SUAS PRÓPRIAS MÃOS, QUE SABER QUE FOI SÓ CÚMPLICE".
Na sua avaliação,  "nem os próprios juízes italianos foram capazes de acusar Battisti numa forma tão escandalosamente falsa".
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