No balanço que fiz da eleição paulistana, um dia depois do primeiro turno, já defini minha posição quanto ao segundo:
- não apoiarei José Serra nem em eleição para síndico de prédio;
- só apoiaria Fernando Haddad se ele assumisse um compromisso explícito de tudo fazer, como prefeito, para a desmontagem do estado policial em gestação no estado e na cidade de São Paulo, começando pela exoneração imediata dos 30 subprefeitos (de um total de 31) que são oficiais da reserva da PM;
- se, como tudo levava a crer, Haddad continuasse fazendo campanha anódina, como candidato de consumo e não candidato ideológico, a única opção coerente para um homem de esquerda seria o voto nulo.
Hoje já é evidente que o PT
permanecerá em cima do muro quanto ao que realmente importa, como ficou
quando o governador Geraldo Alckmin ordenou a blietzkrieg do
Pinheirinho, incluindo descumprimento de ordem judicial e sequestro de
idoso ferido por parte da Polícia Militar para que seu estado
lastimável, após o espancamento sofrido, ficasse fora do noticiário.
É
compreensível o governo federal não agir contra o governo estadual, mas
se o PT tivesse o mínimo respeito pela própria história, convocaria sua
militância para protestar da forma mais veemente possível.
Enfim, está certíssimo o PSOL em recomendar o voto nulo.
Causou alguma celeuma o comentário feito no Twitter pelo maior nome do partido, Plínio de Arruda Sampaio, de que "o importante agora é derrotar o Haddad porque ele é incompetente e porque sua vitória fortalece o Lula e a turma do mensalão".
Mais tarde, completou: votará segundo a orientação partidária, mas considera Serra competente (embora "direitoso") e Haddad incompetente ("É só ver o estrago que foi esse Enem").
Peço licença ao imprescindível Plínio para discordar: entre um reformista trapalhão e um direitoso competente, o segundo é pior.
Haddad, no poder, agirá exatamente como Lula e Dilma, servindo o banquete para a burguesia e zelando para que algumas migalhas cheguem à mesa do povão.
A dupla sinistra Alckmin/Serra nos ameaça com um novo 1964, pois salta aos olhos que dela partiram vários balões de ensaio totalitários e que, havendo uma oportunidade golpista, vai jogar todo o peso de São Paulo a favor da derrubada do governo do PT.
Vejo o Haddad como alguém que jamais se destacaria no PT de 1979, um não-cheira-nem-fede que personifica bem a descaracterização do partido.
E o Serra como um novo Carlos Lacerda, aquele desertor das nossas fileiras que, utilizando o aprendido conosco, causou enorme mal ao Brasil.
O primeiro me causa tédio. O segundo, nojo.
Enfim, está certíssimo o PSOL em recomendar o voto nulo.
Causou alguma celeuma o comentário feito no Twitter pelo maior nome do partido, Plínio de Arruda Sampaio, de que "o importante agora é derrotar o Haddad porque ele é incompetente e porque sua vitória fortalece o Lula e a turma do mensalão".
Mais tarde, completou: votará segundo a orientação partidária, mas considera Serra competente (embora "direitoso") e Haddad incompetente ("É só ver o estrago que foi esse Enem").
Peço licença ao imprescindível Plínio para discordar: entre um reformista trapalhão e um direitoso competente, o segundo é pior.
Haddad, no poder, agirá exatamente como Lula e Dilma, servindo o banquete para a burguesia e zelando para que algumas migalhas cheguem à mesa do povão.
A dupla sinistra Alckmin/Serra nos ameaça com um novo 1964, pois salta aos olhos que dela partiram vários balões de ensaio totalitários e que, havendo uma oportunidade golpista, vai jogar todo o peso de São Paulo a favor da derrubada do governo do PT.
Vejo o Haddad como alguém que jamais se destacaria no PT de 1979, um não-cheira-nem-fede que personifica bem a descaracterização do partido.
E o Serra como um novo Carlos Lacerda, aquele desertor das nossas fileiras que, utilizando o aprendido conosco, causou enorme mal ao Brasil.
O primeiro me causa tédio. O segundo, nojo.
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