Há posicionamentos díspares no PSOL sobre se os filiados devem votar nulo ou praticar o voto útil neste domingo.
Como
não falo pelo partido nem me considero suficientemente informado sobre o
quadro nacional, vou opinar somente sobre o contexto paulistano.
José Serra
iniciou, como governador, a montagem de um embrião de estado policial
no Estado e na cidade de São Paulo, transformados num verdadeiro
laboratório de testes de fórmulas fascistizantes; votar nele é impensável.
Fernando Haddad
não se propôs, como candidato, a lutar contra tal escalada autoritária,
nem assumiu o compromisso de exonerar imediatamente os 30 subprefeitos
(de um total de 31) que são oficiais da reserva da Polícia Militar; votar nele é inútil, pois quem faz campanha de consumo governa como prefeito do sistema, não como prefeito ideologicamente coerente.
O PT hoje é um partido reformista. Quer apenas atenuar os malefícios do capitalismo, tendo abdicado de fazer a revolução.
Então,
quem considera que o capitalismo esgotou sua função histórica e se
tornará cada vez mais nocivo, desumano e exterminador nesta fase
terminal, não tem motivo nenhum para apoiar os que se propõem a
prolongar sua agonia, ao invés de dar-lhe um fim.
Os
autênticos seguidores de Marx ou Proudhon não podem, portanto, optar
nem pelo voto impensável, nem pelo voto inútil. Têm de votar NULO!
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