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29.2.16

ROUPA SUJA A DILMA LAVA NO CHILE

Como se previa, a presidente Dilma Rousseff não compareceu no sábado passado (27) à comemoração dos 36 anos do Partido dos Trabalhadores, livrando-se do mico de escutar pessoalmente críticas à direitização do seu governo (e eventuais vaias).

Mandou uma carta em seu lugar. Na qual, lá pelas tantas, afirma que tem "um compromisso inquebrantável com a estratégia de desenvolvimento pela qual tanto lutamos".

Faltou explicar por que, cargas d'água, trocou tal estratégia, nos últimos 14 meses, pelas medidas de austeridade características do neoliberalismo.

Também esqueceu que roupa suja se lava em casa. Não era o Chile o palco certo, nem a chegada para almoçar com a presidente Michelle Bachelet a ocasião apropriada para espinafrar o seu partido: "Eu não governo só para o PT, eu governo para 204 milhões de brasileiros", "Um partido é um partido, um governo é um governo", etc. 

Mesmo estando com isto entalado na garganta, deveria conter-se, mantendo a compostura, para depois dar o recado às pessoas certas, na cara delas. Certamente as encontraria na festa à qual esquivou-se de comparecer, mas preferiu desabafar para as lhamas, a mais de 3 mil quilômetros de distância.

Ao encaixar à última hora na sua agenda chilena um novo e nada urgente compromisso (ida à Cepal), desculpa esfarrapada para ausentar-se da festa do PT, ela parece ter acatado o conselho de inimigo dado na véspera pelo blogueiro mais reacionário da revista veja
"...se Dilma tem um mínimo de juízo, não tem de ir mesmo. Já está claro que o evento serve para cantar as glórias de Lula, que será tratado como o presidente eterno do Brasil, aquele que inventou o país. E ela entra como a bruxa da hora".
Enfim, depois de ter escolhido Luís Carlos Trabuco (presidente do Bradesco) como seu principal conselheiro econômico, não será de espantar se Dilma fizer do Reinaldo Azevedo seu guru político.

O certo é que ela está manobrando para emancipar-se do PT, na esperança de, com uma saída pela direita, escapar do impeachment ou da cassação do seu mandato pelo TSE. "A Dilma está querendo se distanciar do PT. É um movimento consciente", afirmou o senador Lindbergh Farias (PT-RJ),

O cientista político e jornalista André Singer, que foi secretário de Imprensa no Governo Lula, é outro que veio ao encontro da avaliação que eu fizera na 6ª feira:
"Na medida que o ex-presidente fica na berlinda, aumenta a tentação da atual mandatária salvar-se por conta própria. Há indícios de que o Planalto cedeu à ilusão de que se cumprir o programa liberal completo receberá salvo conduto para cumprir o resto do mandato, mesmo que Lula e o PT se estrepem".
Com isto, avalia Singer, ela queimará suas pontes com a esquerda, ficando na exclusiva dependência de ser acolhida pelos inimigos:
"Ao separar-se de Lula, Dilma serra o galho no qual está precariamente sentada. A ameaça de conter os aumentos do salário mínimo e de reduzir a participação da Petrobras no pré-sal alienam os últimos redutos de apoio à presidente reeleita. Consultado, o antigo mandatário não a deixaria bater de frente com os movimentos sociais".
Seria, claro, uma jogada desesperada. A esta altura do campeonato, PSDB e PMDB não precisam assumir o poder pelas mãos de Dilma (que ficaria reduzida a uma rainha da Inglaterra), pois estão a um passo de consegui-lo chutando Dilma. A menos que sua permanência, como presidente figurativa, seja útil para os dois partidos não se entredevorarem na disputa pela chefia do governo...

Quanto ao PT, talvez a última rodada de prisões e escândalos já o tenha convencido de que, ao lado de Dilma, não permanecerá no poder: ou ela será afastada ou cooptada. Então, com as reações estridentes demais à flexibilização do pré-sal (pois esta ainda poderá ser revertida adiante), talvez esteja preparando seus efetivos para uma saída pela esquerda.

Ou seja, como não teria futuro nenhum disputando espaço com centristas e direitistas, só lhe resta reassumir as bandeiras de outrora e tentar ser o principal partido de oposição à nova configuração do poder. 

Torcendo para serem rapidamente esquecidos estes 14 meses em que deu sustentação a um governo neoliberal.

RESUMO DA OPERETA

Como disse o escritor Giuseppe Lampedusa, "para que as coisas permaneçam iguais, é preciso que tudo mude". A situação calamitosa da economia brasileira tornou imperativa a alternância de poder, e ela inevitavelmente ocorrerá, explicita ou implicitamente. 

É provável que, de imediato, haja algum alívio para o povo, mas as contradições insolúveis do capitalismo permanecerão --e, com elas, a certeza de que outras recessões nos esperam adiante. 

Tomara que, pelo menos, tiremos as conclusões corretas da tragédia histórica que foi a ascensão e queda do PT: enquanto nos conformarmos com mudanças cosméticas, apenas estaremos nos iludindo. As conquistas sociais das quais o PT tanto se ufanou podem ser consentidas durante algum pelo poder econômico, mas este acaba anulando-as num momento seguinte, como faz agora. 

Temos de ir à raiz do problema: a exploração do homem pelo homem. Enquanto a ganância e a competição canibalesca regerem nossas vidas, as coisas permanecerão iguais. Para que tudo mude de verdade, temos de construir uma sociedade em que as prioridades supremas sejam o bem comum e a realização plena dos seres humanos.

Lamentavelmente, isto não foi sequer tentado durante os 36 anos de existência do PT. Faz-me lembrar os versos devastadores de uma composição do petista Chico Buarque:
"A vida inteira, diz que se guardou 
do carnaval, da brincadeira 
que ele não brincou. 
Me diga agora 
o que é que eu digo ao povo, 
o que é que tem de novo pra deixar? 
Nada, só a caminhada longa 

21.2.16

16.2.16

15.2.16

O OVO DA SERPENTE DEIXOU DE SER ESMAGADO EM 1998 GRAÇAS AO LULA. AGORA ELE ESTÁ PAGANDO POR ISTO.

compadre Roberto Teixeira...
Um dos principais envolvidos nos atuais escândalos imobiliários do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é figurinha carimbada. Já desempenhou o mesmíssimo papel em episódio que culminou numa das decisões mais infames tomada pelo PT no século passado: a expulsão de Paulo de Tarso Venceslau, veterano do movimento universitário e da resistência à ditadura, militante dos mais honestos e dignos, tão identificado com o partido que era chamado carinhosamente de PT Venceslau.

Tal economista foi a ÚNICA voz no partido a protestar contra o PRIMEIRO grande esquema de desvio de recursos públicos para financiamento partidário, por meio de uma firma chamada CPEM - Consultoria para Empresas e Municípios.

Tendo sido secretário das finanças de duas prefeituras petistas no interior paulista, em ambas ele resistira às pressões para contratar a CPEM ou para pagar-lhe valores exorbitantes por serviços não prestados, acabando por ser exonerado da última delas, a de São José dos Campos.

Depois de dois anos de denúncias infrutíferas aos dirigentes máximos do PT, Venceslau tornou público o favorecimento escuso à CPEM em entrevista ao Jornal da Tarde.

Como resposta ao escândalo, o partido submeteu o assunto a uma Comissão Especial de Investigação presidida por Hélio Bicudo, cuja salomônica decisão foi a de que Venceslau errara ao vazar um assunto interno para a imprensa burguesa; e o empresário Roberto Teixeira, da CPEM, deveria ser julgado por corrupção.

Vale a pena lembrar o que concluiu a Comissão a respeito do segundo, em relatório assinado por Bicudo, Paul Singer e José Eduardo Cardozo:
...e o companheiro PT Venceslau.
"...parece provável que ROBERTO TEIXEIRA possa ter se valido, de forma pouco ética, da amizade com LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA, para não só se omitir face ao dever de informar e acautelar em relação à CPEM como também para desqualificar denúncias contra a mesma. 
No caso presente, parece ser difícil descartar a hipótese de que ROBERTO TEIXEIRA tenha cometido ‘abuso de confiança’ com ‘aproveitamento das relações de amizade’ que mantém com LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA. Entre a defesa da empresa que gerou renda para seu irmão e presumivelmente para si e o interesse público e partidário, ROBERTO TEIXEIRA optou pela primeira. No âmbito desta opção deve ser, portanto, avaliado em sua conduta. 
Assim sendo, a presente Comissão de Investigação não pode deixar de concluir que a presumível conduta de ROBERTO TEIXEIRA, na conformidade do que acima se relatou, não se coadunaria com os rígidos padrões éticos que devem orientar as condutas dos militantes do PARTIDO DOS TRABALHADORES. Se em outras agremiações partidárias comportamentos de tal natureza costumam ser aceitos como normais ou não qualificados como dignos de repreensão, no PT comportamentos dessa natureza se colocam como descabidos e inaceitáveis. 
É, portanto, dentro desta dimensão que esta Comissão sugerirá ao final deste Relatório à Executiva Nacional do PT a abertura de processo ético-disciplinar contra o militante ROBERTO TEIXEIRA pela prática de grave conduta a ser avaliada e julgada, após regular direito ao contraditório e ampla defesa, pelo órgão partidário competente".
Cesteiro que faz um cesto, faz um cento.
Lula ameaçou sair do PT caso fosse instaurado tal procedimento contra Teixeira --que era seu compadre e lhe fornecia um apartamento de cobertura em São Bernardo do Campo para morar de graça com sua família .

A direção partidária optou, então, por desconsiderar o parecer da Comissão, expulsando Venceslau e aliviando para Teixeira. Foi o instante em que se assumiu como um partido igual aos outros, capaz até de sacrificar um militante exemplar (e REVOLUCIONÁRIO!!!) para preservar uma maçã podre. 

Segundo Venceslau, o tal Teixeira teria sido, inclusive, "torturador do delegado Fleury". E em 2006, quando era advogado da Brasil Telecom e foi convocado para depor na CPI dos Bingos, Teixeira admitiu "conhecer" Daniel Dantas, dizendo-se impedido de dar mais detalhes por haver cláusula de confidencialidade

Tudo que de ruim aconteceria depois foi consequência desta terrível decisão. Orgulho-me de haver me solidarizado a Venceslau, antecipando que o partido tendia ao desvirtuamento, no artigo PT expulsa PT --que o Jornal da Tarde publicou com destaque na sua página de Opinião, ao lado de uma crítica que João Paulo Cunha (depois condenado no julgamento do mensalão) fazia ao correto trabalho jornalístico de Luiz Maklouf Carvalho.

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7.2.16

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Espinosa me chama de "imbecil"...
Por Celso Lungaretti (*)
Em entrevista concedida a Alex Solnik e publicada no Brasil 247 (site e revista), Antônio Roberto Espinosa extrapolou sua tarefa de defender incondicionalmente a presidente Dilma Rousseff e, sem que nada lhe fosse perguntado, fez questão de de encaixar agressões vis e destemperadas contra mim. Dá para perceber claramente que estava babando de ódio. E a forçação de barra salta aos olhos, como todos podem constatar abaixo:
Qual era a imagem dela [Dilma] na VPR? De burra?
Não! Na VAR-Palmares, né, a Dilma não foi da VPR. Não, a Dilma sempre teve a imagem de alguém bem formado. Bem articulado. Lamarca, inclusive, tinha uma certa diferença com ela por achar que ela era teoricista. Ou seja, teoria demais. Mas era uma garota de 22 anos. Mas, a imagem dela, ao contrário... Ela provocava uma certa desconfiança no pessoal mais linha dura do movimento armado exatamente por ser melhor formada. Mais fundamentada. Quem tinha imagem de imbecil era Lungaretti. 
Celso Lungaretti.
Esse tinha imagem de imbecil! Aliás, o phisique du rol (sic) dele ajudava. Conhece? 
Não, pessoalmente, não.
Depois, ele traiu, né. Ele tem um blog hoje. Hoje ele dá uma de esquerda radical. Mas é pra pegar dinheiro da Anistia.
...eu respondo: "macaco, olha o teu rabo!".
Vamos mostrar o que se esconde por trás deste despautério rancoroso: 

1) É curioso que Espinosa só agora tenha chegado à conclusão de que eu tinha "imagem de imbecil". Pois foi ele quem me recrutou, quando eu tinha apenas 18 anos, para militar numa das duas principais organizações guerrilheiras da época; e ele era integrante do Comando Nacional quando, cerca de uma semana depois do meu ingresso, fui escolhido para integrar o Comando Estadual de São Paulo, incumbido de formar e dirigir um setor de Inteligência, o que provavelmente fez de mim o mais jovem comandante de guerrilha da época. 

2) Também soa pitoresco ele, como se fosse um pernóstico crítico de cinema ou teatro, pretender que eu tinha physique du role de "imbecil", pois naquele tempo eu já havia sido bem sucedido como líder estudantil, fora escolhido pelos meus sete companheiros secundaristas para representar nosso grupo no Congresso de abril/1969 da VPR e, mesmo participando apenas como convidado, acabei apresentando a proposta de posicionamento internacional que prevaleceu nas discussões e sendo incumbido de redigir o respectivo capítulo do programa da Organização. 

Seis meses mais tarde, o José Raimundo da Costa e eu fomos os autores da proposta de recriação da VPR, que acabou resultando na sua dramática separação da VAR-Palmares no Congresso de Teresópolis, com a adesão do Lamarca e outros dirigentes. Será que um militante bem mais jovem do que a maioria, e ainda por cima com imagem e physique du role de imbecil, conseguiria ter atuação tão destacada? 
A ânsia por aparecer nas páginas da Folha deu nisto...

E que isenção tem o Espinosa para me julgar, se estávamos em campos opostos naquele congresso e continuamos nos enfrentando na volta, quando fomos designados por nossas respectivas organizações para expor aos companheiros de São Paulo os pontos de vista da VPR e da VAR-Palmares com relação ao desmembramento? 

3) Se for para tocar no quesito imbecilidade, vale lembrar que, em tempos bem mais recentes (2009), Espinosa ficou deslumbrado com o interesse nele demonstrado por uma repórter da Folha de S. Paulo e, além de lhe conceder uma entrevista de três horas sobre temas melindrosos, ainda autorizou-a por escrito a escarafunchar, nos arquivos do Superior Tribunal Militar, toda a documentação existente a respeito dele, Espinoza (boa parte da qual citava também a Dilma)

Ou seja, deu ao inimigo toda a munição de que necessitava para, numa edição de domingo, trombetear triunfalmente que a terrorista Dilma pretendera sequestrar o santinho Delfim Netto! 

Aí, enquanto Espinosa se lamuriava de haver sido ludibriado pela Folha e Dilma o qualificava de "fantasista", coube ao imbecil aqui desmontar e desmoralizar a reportagem do jornal da ditabranda, não só com três artigos contundentes (o mais significativo foi este aqui), mas também informando o honesto ombudsman de então que a ficha policial da Dilma que a Folha publicara era uma tosca falsificação que circulava na internet, o que o levou a escrever uma mea culpa.   
Já o "imbecil" protesta contra ela

Aliás, a opinião atual do Espinosa a meu respeito tem tudo a ver com eu não haver deixado de criticar sua "ingenuidade angelical" em tal episódio, por ter ajudado "a Folha a reconstituir esse insignificante episódio histórico (...), sem perceber que poderia ser superdimensionado e deturpado para servir como arma contra Dilma Rousseff".

4) Acusar-me de "traidor" é uma infâmia, agora que está cabalmente esclarecido que me atribuíram a culpa pelo maior desastre da VPR embora fosse alguém de escalão hierárquico superior ao meu que fornecera à repressão a localização da escola de treinamento guerrilheiro em Registro; tal erro crasso da Organização tornou insustentável minha situação na prisão, tendo sofrido uma lesão permanente e quase morrido. Apelar para golpes baixos é patético no caso de quem tem sobrenome de filósofo.

5) Quando da luta interna e racha de 1969, Espinosa me qualificava de "militarista" e "radical". Mas diz que hoje eu estaria dando uma de esquerda radical. Parece que coerência não é o forte dele. Eu estava à esquerda do Espinosa há 46 anos e continuo à esquerda dele hoje. Trata-se de pura desonestidade querer embaralhar as coisas com intuitos difamatórios.

6) Quanto a pegar dinheiro da Anistia, é outra ignomínia do Espinosa se referir a isto. Porque não se trata de eu  pegar algo, mas sim de afinal receber o que o ministro da Justiça me concedeu há uma eternidade (a portaria é de outubro de 2005): uma pensão vitalícia e uma indenização retroativa que deveria ser integralmente paga em 60 dias, de acordo com as regras do programa. 
Babando de ódio só se diz besteira

Ocorre que a União, exatamente por eu ser da esquerda radical e não lambe-botas do partido que está no poder, faz tudo para não acertar as contas do passado (o retroativo) comigo. Já perdeu por 8x0 o julgamento do mérito da questão e por 7x0 e 8x0 o julgamento de dois embargos de declaração flagrantemente protelatórios. Agora, depois de goleada três vezes no STJ, fez com que meu caso fosse despachado para o STF.

Ou seja, a mim faz amargar nove anos de enrolações, mandando às urtigas a equanimidade; já os que não são de esquerda radical receberam e recebem tratamento bem diferente. 

Ao levantar a bola para eu marcar o ponto, desta vez o Espinosa, pelo menos, ajudou o mais fraco a tornar conhecida sua luta contra os abusos de poder do mais forte. Bem pior é quando ele levanta a bola para a Folha marcar uma enxurrada de pontos...

* jornalista, escritor e ex-preso político, autor do livro Náufrago da Utopia - Vencer ou Morrer na Guerrilha aos 18 Anos.

RUI MARTINS MATA A COBRA E MOSTRA O PAU: "DILMA SANCIONOU LEI INCONSTITUCIONAL" 
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