Um pau no computador me fez perder a mensagem que mandara a parentes e amigos, há exatos dois anos, para comunicar o nascimento da minha filha Laura.
Felizmente, houve quem a conservasse. E, noutro dia, meu velho companheiro da Agência Estado, Apollo Natali, sabendo do meu interesse em reavê-la, retornou-a para mim.
Felizmente, houve quem a conservasse. E, noutro dia, meu velho companheiro da Agência Estado, Apollo Natali, sabendo do meu interesse em reavê-la, retornou-a para mim.
Foi grande minha emoção ao reler aquele texto que, eu bem me lembro, apressei-me em expedir logo ao voltar para casa, ainda sob o impacto de tudo que ocorrera: o sempre renovado, mas nunca menos grandioso, milagre da vida.
Foi no trajeto de volta que me veio a idéia de citar um dos temas de Morte e Vida Severina. Então, mal cheguei, foi só encontrar a letra e mandar ver, coisa de uns 10 minutos.
No entanto, penso que se quebrasse a cabeça durante 10 horas, não sairia nada mais apropriado, para o que a Laurinha era e para o que ela se tornou: a criança que a todos fascina/contagia com sua aura benigna e sua alegria de viver. Minha companheirinha.
Para não cair na pieguice, vou parar por aqui, deixando a mensagem e as fotos falarem por si.
Foi no trajeto de volta que me veio a idéia de citar um dos temas de Morte e Vida Severina. Então, mal cheguei, foi só encontrar a letra e mandar ver, coisa de uns 10 minutos.
No entanto, penso que se quebrasse a cabeça durante 10 horas, não sairia nada mais apropriado, para o que a Laurinha era e para o que ela se tornou: a criança que a todos fascina/contagia com sua aura benigna e sua alegria de viver. Minha companheirinha.
Para não cair na pieguice, vou parar por aqui, deixando a mensagem e as fotos falarem por si.
Juliana e Celso comunicam o nascimento de Laura Maciel Lungaretti, neste 25 de abril, às 8h07, no Hospital Santa Catarina...
Parafraseando João Cabral de Melo Neto,
De sua formosura
deixai-me que diga:
é bela como o coqueiro
que vence a areia marinha.
De sua formosura
deixai-me que diga:
bela como o avelós
contra o Agreste de cinza.
De sua formosura
deixai-me que diga:
bela como a palmatória
na caatinga sem saliva.
De sua formosura
deixai-me que diga:
é tão bela como um sim
numa sala negativa.
É tão bela como a soca
que o canavial multiplica.
Bela porque é uma porta
abrindo-se em mais saídas.
Bela como a última onda
que o fim do mar sempre adia.
É tão bela como as ondas
em sua adição infinita.
Bela porque tem do novo
a surpresa e a alegria.
Bela como a coisa nova
na prateleira até então vazia.
Como qualquer coisa nova
inaugurando o seu dia.
Ou como o caderno novo
quando a gente o principia.
E bela porque o novo
todo o velho contagia.
Bela porque corrompe
com sangue novo a anemia.
Infecciona a miséria
com vida nova e sadia.
Com oásis, o deserto,
com ventos, a calmaria.
Parafraseando João Cabral de Melo Neto,
De sua formosura
deixai-me que diga:
é bela como o coqueiro
que vence a areia marinha.
De sua formosura
deixai-me que diga:
bela como o avelós
contra o Agreste de cinza.
De sua formosura
deixai-me que diga:
bela como a palmatória
na caatinga sem saliva.
De sua formosura
deixai-me que diga:
é tão bela como um sim
numa sala negativa.
É tão bela como a soca
que o canavial multiplica.
Bela porque é uma porta
abrindo-se em mais saídas.
Bela como a última onda
que o fim do mar sempre adia.
É tão bela como as ondas
em sua adição infinita.
Bela porque tem do novo
a surpresa e a alegria.
Bela como a coisa nova
na prateleira até então vazia.
Como qualquer coisa nova
inaugurando o seu dia.
Ou como o caderno novo
quando a gente o principia.
E bela porque o novo
todo o velho contagia.
Bela porque corrompe
com sangue novo a anemia.
Infecciona a miséria
com vida nova e sadia.
Com oásis, o deserto,
com ventos, a calmaria.
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