Dificilmente uma troca de mensagens consegue fixar com tanta clareza duas posições, como esta que mantive com um defensor de Israel, habituado a intervir nos vários espaços da Internet em que o estado judeu sofra quaisquer críticas.
O Sr. Samuel Groissman escreveu ao editor-chefe de O Rebate, José Milbs, queixando-se de 3 textos de colunistas (dentre os 30 que tinham chamadas na página inicial, afora os lincados dos blogues dos 63 colunistas...) cujas posições, a seu ver, seriam "antissemitas".
Acusou o site-jornal de estar inteiramente dedicado à propaganda antissemita e insinuou represálias, sem especificar quais seriam.
Como autor de um dos textos que motivaram sua reação extremamente exagerada e intimidatória, respondi-lhe, seguindo-se sua tréplica e minha resposta final.
Leiam e avaliem:
Sr. Samuel,
tomo a liberdade de informar-lhe que é totalmente equivocada a referência a meu artigo Anistia Internacional acusa: Israel monopoliza água potável em Gaza como antissemita. Nada mais distante da realidade. Não tenho preconceito contra nenhum país, povo, raça ou religião.
Sou, isto sim, um defensor dos direitos humanos. E, como tal, levo a sério e geralmente repercuto as denúncias da Anistia Internacional, do Human Rights Watch, do Conselho de Direitos Humanos da ONU, etc.
O que está descrito no Relatório Goldstone (vale dizer, resultado de uma investigação conduzida por um judeu) horroriza qualquer pessoa civilizada. Fosse qual fosse o estado que praticasse aqueles horrores, receberia de mim a mesma desaprovação.
Idem esse tratamento desigual que é imposto aos palestinos de Gaza, quanto ao acesso à água potável. Fez-me lembrar os guetos estadunidenses e o apartheid da África do Sul.
Como já disse em artigos, os judeus civilizados deveriam, em vez de tentarem quebrar os espelhos, mudar a realidade que eles refletem. Israel só recuperará sua boa imagem e credibilidade se alterar drasticamente essas práticas. Cabe convencer disto o governo atual, que tem, infelizmente, caminhado na direção oposta.
Um bom começo seria acatar o Relatório Goldstone e punir os responsáveis por essa campanha militar paradoxal em que morreram 1.400 de um lado e 13 do outro. Isso é o balanço final de um massacre, não de uma guerra.
De resto, tive amigos judeus idealistas, que me descreveram pormenorizadamente a experiência dos kibutzim, sonho que inspirou os melhores de vocês.
Confesso que fiquei sensibilizado. Até gostaria de ter participado de um empreendimento desses, se minha vida houvesse tomado outro rumo.
Mas, passei a mocidade lutando contra a ditadura militar (os nazistas daqui). Sofri e perdi amigos queridos nessa luta desigual.
Fiquei chocado ao ver o Sr. ameaçando nosso bom José Milbs, deixando de atentar para o fato de que o jornal O Rebate é uma tribuna que acolhe colaboradores de vários perfis políticos e ideológicos, sem impor-lhes restrições. A internet tem muito esta característica de abrir espaço para todas as posições.
Então, os textos de que o Sr. se queixa são de total responsabilidade dos seus autores. O Milbs nem sequer sabia sobre que assunto versariam, antes de os receber.
Com certeza, o Sr. encontrará maior quantidade de artigos, e mais contundentes, condenando o governo golpista de Honduras, p. ex. Tudo depende dos assuntos que estejam em evidência naquela semana. É para tais temas que os colunistas se voltam.
Por que não escreve o Sr. também um artigo, defendendo suas idéias e contestando os colunistas? Decerto será publicado.
Ou, se preferir, escreva a cada colunista que lhe desagradar, expondo sua discordância. Será bem mais apropriado.
Mas, pretender a imposição de uma espécie de censura prévia a um veículo de Internet é meio exagerado, não?
Conto com seu bom senso.
Atenciosamente,
CELSO LUNGARETTI
______________________________________________
Celso Lungaretti
Eu que tomo a liberdade de informar que quem está equivodado é vc. Antissemitismo não é só o nazismo como demonstração aberta de ódio. O antissemitismo também se esconde em coisas imperceptíveis aos olhos de um gói, mas muito claras para um judeu.
Israel é um país soberano e merece todo o respeito. Israel não roubou água. Simplesmente Israel descobriu água e por esse mérito faz uso deste recurso. Os palestinos odeiam os judeus por seu islamismo fanático e cego. Querem roubar os judeus, tirar-lhes o que pertence e os exterminar. Israel tem todo o direito de se defender e isso o fará com certeza. Esqueça a idéia de que Israel irá se intimidar com ameaças internacionais como do Irã por exemplo. Israel irá se defender quando for preciso e até atacar caso necessário. É um direito legítimo de um país que transformou uma terra árida em um país de primeiro mundo, coisa que os palestinos acomodados e ignorantes não foram capazes.
Como diria meu amigo virtual Enoch, se o palestino quer água, que beba mijo. Cansou essa história de apoiar um povo que retribui ajuda com ódio.
Estou de olho na internet em tudo que é site e comunidade que divulga material antissemita. Ao descobrir o site deste jornal comecei a dar uma atenção especial. O que me chamou a atenção no jornaleco do Sr José Milbs foi a incrível quantidade de artigos falando só de Israel e sempre em tom condenatório. Essa semana ao abrir o site me deparei com 3 textos antissemitas entre outros de assuntos diversos. Se fosse uma coisa padrão, tipo o que outros jornais publicam e de vez em quando, aí era até desculpável, mas tanta notícia anti-Israel e em tão pouco tempo faz parecer uma tsunami. Fica caracterizada a intenção de praticar crime de ódio, com apologia ao antissemitismo e ao terrorismo islâmico. Tá na cara que é panfletagem pura. E não tente negar, pois nos textos que podem ser classificados claramente como antissemitas encontrei termos ofensivos, exigindo o fim do estado de Israel, exaltação à "causa palestina", incentivo pela visita do terrorista ASNOdinejad ao Brasil, comparação entre sionismo e nazismo e ofensas diretas contra Israel, entre outras. O jornal em questão virou espaço aberto para pregação nazista e seus jornalistas são criminosos. E tudo indica que é algo intencional, não sendo algo que passa despercebido e na maior inocencia. É antissemitismo puro e consciente de que está sendo feita propaganda de ódio.
Como jornalista deve saber que informação é algo importante e requer responsabilidade. Não tenho que escrever artigos para combater o antissemitismo, pois isso é serviço de vcs jornalistas. São vcs que devem sempre investigar e encontrar todos os lados de uma questão, não acreditando somente numa versão distorcida. Isso ao ser publicado divulga uma opinião contrária ao que chamamos verdade e honestidade. O jornaleco do Sr José Milbs não tem direito de formar a opinião pública com mentiras sobre um estado soberano e legítimo que enfrenta com coragem e bravura seus inimigos. E ainda tem idiotas que preferem apoiar os criminosos nessa história.
Só para ter uma idéia, se fosse em Israel este jornal seria fechado rapidamente e seus jornalistas processados, condenados e presos. Isso inclui o Sr Celso Lungaretti, que fez questão de no final citar que foi preso político. Lá em Israel seria preso novamente, mas por justa causa. Mas aqui é Brasil, país da impunidade, e mesmo com tantos recursos naturais vive na pobreza, bem diferente de Israel que de um solo seco e arenoso construiu uma nação moderna e próspera. Isso em apenas 6 décadas! E não pense que estou te ameaçando, apenas lhe informando como são as coisas num país como Israel, que é a única democracia no Oriente Médio, cujos filhos estão entre os ganhadores do prêmio Nobel.
Devolvo seu conselho sobre bom senso. E busquem informações mais confiáveis antes de publicar mentiras.
______________________________________________
Sr. Samuel,
respondi com educação a sua mensagem inicial ao editor de O Rebate, na esperança de receber a contrapartida e ver encerrado este assunto desagradável.
Lamentavelmente, o Sr. insiste em se fazer exemplo vivo do que o seu povo tem de pior: arrogância, autovitimização e falta de compaixão.
Comecemos pela última: o Sr. se dá conta do absurdo que profere, ao recomendar que, onde a água é escassa, outros seres humanos bebam mijo?
Desde quando a água "pertence" aos israelenses?! Recurso indispensável para nossa sobrevivência, a água é patrimônio comum dos seres humanos, sempre foi, sempre será, pouco importando quem a "descobriu".
A Anistia Internacional, principal ONG de defesa dos direitos humanos no planeta, denuncia que os primeiros a monopolizam para encherem suas piscinas, enquanto os segundos não têm nem sequer o suficiente para as necessidades de seus velhos, mulheres e crianças. E o Sr. tem a petulância de afirmar que Israel estaria exercendo um "direito legítimo"!
Recriminarmos tamanha falta de humanidade não é "islamismo fanático e cego", mas, simplesmente, espírito de solidariedade e de justiça.
Cada vez que são flagrados cometendo genocídios ou oprimindo outros povos, os judeus entoam a ladainha surrada: "antissemitismo!", "lembrem-se das 6 milhões de vítimas do nazismo!".
Lembramo-nos, sim, e lamentamos imensamente tudo aquilo que os judeus sofreram há mais de seis décadas. Mas, recusamo-nos a oferecer-lhes um crédito para compensação eterna.
Os nazistas responderam pelo que fizeram nos tribunais -- não só o de Nuremberg, mas também as cortes israelenses para os quais foram conduzidos depois de sequestrados em outras nações.
Já não chegam os atos de pirataria cometidos em nome da vingança (pois Justiça, entre os civilizados, se faz pelos caminhos legais)?! Os judeus querem, ainda, que fechemos os olhos a toda e qualquer incidência nas mesmas práticas que eles próprios sofreram no passado?
Repito: quando uma campanha militar termina com 13 baixas de um lado e 1.400 do outro, não houve guerra, mas sim massacre. O estado de Israel, em pleno ano de 2009, reproduziu em menor escala os extermínios nazistas. Não há tergiversação nenhuma capaz de confundir esta verdade óbvia.
Nem será com clichês já desmoralizados pelo excesso de uso que o Sr. conseguirá desqualificar a conclusão inequívoca que as pessoas decentes tiraram, no mundo inteiro, desta lamentável regressão à lei do mais forte. Ou seja, pura e simplesmente, à barbárie.
Quanto à arrogância, ela perpassa todo o seu texto, Sr. Samuel.
Ora o Sr. diz que os palestinos são "acomodados e ignorantes", ora trata com o mesmo desprezo a Nação e o povo brasileiros, "país da impunidade", "bem diferente de Israel", "com tantos recursos naturais vive na pobreza", etc.
Ora diz que O Rebate é um "jornaleco", ora que seus colunistas são "criminosos" e "idiotas".
Chega a ponto de afirmar que, em Israel, eu seria preso - e com "justa causa"! Então, é este o tratamento reservado, no país que o Sr. tão furiosamente defende, para quem nada mais fez do que expor argumentos e opiniões?
Novamente, fica a dúvida: tirando a escala em que foram exercidas, qual a diferença, afinal, entre as práticas que o Sr. recomenda/endossa e as da Alemanha de Hitler?
E é porque o Brasil é mesmo bem diferente de Israel, tanto quanto da Alemanha hitlerista, que o Sr. não conseguirá censurar O Rebate, nem intimidar seus colunistas.
Não porque aqui seja o "país da impunidade", mas por levarmos a sério alguns preceitos que o Sr. e o estado de Israel parecem ter esquecido. Tais como:
Sem mais (mesmo!),
CELSO LUNGARETTI
======== POST SCRIPTUM (03/11/2009) ========
Depois que encerrei, em todos os sentidos, o debate com o Sr. Samuel Groissman, ele continuou mandando respostas, sem se dar conta de que, nas polêmicas virtuais, não é a última palavra que conta, e sim a mais verdadeira.
Nada acrescentou de importante, além de acentuar seus delírios persecutórios ("O mundo inteiro é antissemita") e de resvalar para a calúnia pura e simples ("um texto de SUA AUTORIA... diz 'Pelo fim do Estado Racista de Israel'").
Tal palavra-de-ordem, na verdade, NÃO CONSTA DE NENHUM DOS MEUS TEXTOS, até porque não escrevo panfletos e exortações bombásticas.
Também disse que, se minha casa tivesse piscina, com certeza eu a estarei enchendo com água potável. Errou duas vezes:
O Sr. Samuel Groissman escreveu ao editor-chefe de O Rebate, José Milbs, queixando-se de 3 textos de colunistas (dentre os 30 que tinham chamadas na página inicial, afora os lincados dos blogues dos 63 colunistas...) cujas posições, a seu ver, seriam "antissemitas".
Acusou o site-jornal de estar inteiramente dedicado à propaganda antissemita e insinuou represálias, sem especificar quais seriam.
Como autor de um dos textos que motivaram sua reação extremamente exagerada e intimidatória, respondi-lhe, seguindo-se sua tréplica e minha resposta final.
Leiam e avaliem:
Sr. Samuel,
tomo a liberdade de informar-lhe que é totalmente equivocada a referência a meu artigo Anistia Internacional acusa: Israel monopoliza água potável em Gaza como antissemita. Nada mais distante da realidade. Não tenho preconceito contra nenhum país, povo, raça ou religião.
Sou, isto sim, um defensor dos direitos humanos. E, como tal, levo a sério e geralmente repercuto as denúncias da Anistia Internacional, do Human Rights Watch, do Conselho de Direitos Humanos da ONU, etc.
O que está descrito no Relatório Goldstone (vale dizer, resultado de uma investigação conduzida por um judeu) horroriza qualquer pessoa civilizada. Fosse qual fosse o estado que praticasse aqueles horrores, receberia de mim a mesma desaprovação.
Idem esse tratamento desigual que é imposto aos palestinos de Gaza, quanto ao acesso à água potável. Fez-me lembrar os guetos estadunidenses e o apartheid da África do Sul.
Como já disse em artigos, os judeus civilizados deveriam, em vez de tentarem quebrar os espelhos, mudar a realidade que eles refletem. Israel só recuperará sua boa imagem e credibilidade se alterar drasticamente essas práticas. Cabe convencer disto o governo atual, que tem, infelizmente, caminhado na direção oposta.
Um bom começo seria acatar o Relatório Goldstone e punir os responsáveis por essa campanha militar paradoxal em que morreram 1.400 de um lado e 13 do outro. Isso é o balanço final de um massacre, não de uma guerra.
De resto, tive amigos judeus idealistas, que me descreveram pormenorizadamente a experiência dos kibutzim, sonho que inspirou os melhores de vocês.
Confesso que fiquei sensibilizado. Até gostaria de ter participado de um empreendimento desses, se minha vida houvesse tomado outro rumo.
Mas, passei a mocidade lutando contra a ditadura militar (os nazistas daqui). Sofri e perdi amigos queridos nessa luta desigual.
Fiquei chocado ao ver o Sr. ameaçando nosso bom José Milbs, deixando de atentar para o fato de que o jornal O Rebate é uma tribuna que acolhe colaboradores de vários perfis políticos e ideológicos, sem impor-lhes restrições. A internet tem muito esta característica de abrir espaço para todas as posições.
Então, os textos de que o Sr. se queixa são de total responsabilidade dos seus autores. O Milbs nem sequer sabia sobre que assunto versariam, antes de os receber.
Com certeza, o Sr. encontrará maior quantidade de artigos, e mais contundentes, condenando o governo golpista de Honduras, p. ex. Tudo depende dos assuntos que estejam em evidência naquela semana. É para tais temas que os colunistas se voltam.
Por que não escreve o Sr. também um artigo, defendendo suas idéias e contestando os colunistas? Decerto será publicado.
Ou, se preferir, escreva a cada colunista que lhe desagradar, expondo sua discordância. Será bem mais apropriado.
Mas, pretender a imposição de uma espécie de censura prévia a um veículo de Internet é meio exagerado, não?
Conto com seu bom senso.
Atenciosamente,
CELSO LUNGARETTI
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Celso Lungaretti
Eu que tomo a liberdade de informar que quem está equivodado é vc. Antissemitismo não é só o nazismo como demonstração aberta de ódio. O antissemitismo também se esconde em coisas imperceptíveis aos olhos de um gói, mas muito claras para um judeu.
Israel é um país soberano e merece todo o respeito. Israel não roubou água. Simplesmente Israel descobriu água e por esse mérito faz uso deste recurso. Os palestinos odeiam os judeus por seu islamismo fanático e cego. Querem roubar os judeus, tirar-lhes o que pertence e os exterminar. Israel tem todo o direito de se defender e isso o fará com certeza. Esqueça a idéia de que Israel irá se intimidar com ameaças internacionais como do Irã por exemplo. Israel irá se defender quando for preciso e até atacar caso necessário. É um direito legítimo de um país que transformou uma terra árida em um país de primeiro mundo, coisa que os palestinos acomodados e ignorantes não foram capazes.
Como diria meu amigo virtual Enoch, se o palestino quer água, que beba mijo. Cansou essa história de apoiar um povo que retribui ajuda com ódio.
Estou de olho na internet em tudo que é site e comunidade que divulga material antissemita. Ao descobrir o site deste jornal comecei a dar uma atenção especial. O que me chamou a atenção no jornaleco do Sr José Milbs foi a incrível quantidade de artigos falando só de Israel e sempre em tom condenatório. Essa semana ao abrir o site me deparei com 3 textos antissemitas entre outros de assuntos diversos. Se fosse uma coisa padrão, tipo o que outros jornais publicam e de vez em quando, aí era até desculpável, mas tanta notícia anti-Israel e em tão pouco tempo faz parecer uma tsunami. Fica caracterizada a intenção de praticar crime de ódio, com apologia ao antissemitismo e ao terrorismo islâmico. Tá na cara que é panfletagem pura. E não tente negar, pois nos textos que podem ser classificados claramente como antissemitas encontrei termos ofensivos, exigindo o fim do estado de Israel, exaltação à "causa palestina", incentivo pela visita do terrorista ASNOdinejad ao Brasil, comparação entre sionismo e nazismo e ofensas diretas contra Israel, entre outras. O jornal em questão virou espaço aberto para pregação nazista e seus jornalistas são criminosos. E tudo indica que é algo intencional, não sendo algo que passa despercebido e na maior inocencia. É antissemitismo puro e consciente de que está sendo feita propaganda de ódio.
Como jornalista deve saber que informação é algo importante e requer responsabilidade. Não tenho que escrever artigos para combater o antissemitismo, pois isso é serviço de vcs jornalistas. São vcs que devem sempre investigar e encontrar todos os lados de uma questão, não acreditando somente numa versão distorcida. Isso ao ser publicado divulga uma opinião contrária ao que chamamos verdade e honestidade. O jornaleco do Sr José Milbs não tem direito de formar a opinião pública com mentiras sobre um estado soberano e legítimo que enfrenta com coragem e bravura seus inimigos. E ainda tem idiotas que preferem apoiar os criminosos nessa história.
Só para ter uma idéia, se fosse em Israel este jornal seria fechado rapidamente e seus jornalistas processados, condenados e presos. Isso inclui o Sr Celso Lungaretti, que fez questão de no final citar que foi preso político. Lá em Israel seria preso novamente, mas por justa causa. Mas aqui é Brasil, país da impunidade, e mesmo com tantos recursos naturais vive na pobreza, bem diferente de Israel que de um solo seco e arenoso construiu uma nação moderna e próspera. Isso em apenas 6 décadas! E não pense que estou te ameaçando, apenas lhe informando como são as coisas num país como Israel, que é a única democracia no Oriente Médio, cujos filhos estão entre os ganhadores do prêmio Nobel.
Devolvo seu conselho sobre bom senso. E busquem informações mais confiáveis antes de publicar mentiras.
______________________________________________
Sr. Samuel,
respondi com educação a sua mensagem inicial ao editor de O Rebate, na esperança de receber a contrapartida e ver encerrado este assunto desagradável.
Lamentavelmente, o Sr. insiste em se fazer exemplo vivo do que o seu povo tem de pior: arrogância, autovitimização e falta de compaixão.
Comecemos pela última: o Sr. se dá conta do absurdo que profere, ao recomendar que, onde a água é escassa, outros seres humanos bebam mijo?
Desde quando a água "pertence" aos israelenses?! Recurso indispensável para nossa sobrevivência, a água é patrimônio comum dos seres humanos, sempre foi, sempre será, pouco importando quem a "descobriu".
A Anistia Internacional, principal ONG de defesa dos direitos humanos no planeta, denuncia que os primeiros a monopolizam para encherem suas piscinas, enquanto os segundos não têm nem sequer o suficiente para as necessidades de seus velhos, mulheres e crianças. E o Sr. tem a petulância de afirmar que Israel estaria exercendo um "direito legítimo"!
Recriminarmos tamanha falta de humanidade não é "islamismo fanático e cego", mas, simplesmente, espírito de solidariedade e de justiça.
Cada vez que são flagrados cometendo genocídios ou oprimindo outros povos, os judeus entoam a ladainha surrada: "antissemitismo!", "lembrem-se das 6 milhões de vítimas do nazismo!".
Lembramo-nos, sim, e lamentamos imensamente tudo aquilo que os judeus sofreram há mais de seis décadas. Mas, recusamo-nos a oferecer-lhes um crédito para compensação eterna.
Os nazistas responderam pelo que fizeram nos tribunais -- não só o de Nuremberg, mas também as cortes israelenses para os quais foram conduzidos depois de sequestrados em outras nações.
Já não chegam os atos de pirataria cometidos em nome da vingança (pois Justiça, entre os civilizados, se faz pelos caminhos legais)?! Os judeus querem, ainda, que fechemos os olhos a toda e qualquer incidência nas mesmas práticas que eles próprios sofreram no passado?
Repito: quando uma campanha militar termina com 13 baixas de um lado e 1.400 do outro, não houve guerra, mas sim massacre. O estado de Israel, em pleno ano de 2009, reproduziu em menor escala os extermínios nazistas. Não há tergiversação nenhuma capaz de confundir esta verdade óbvia.
Nem será com clichês já desmoralizados pelo excesso de uso que o Sr. conseguirá desqualificar a conclusão inequívoca que as pessoas decentes tiraram, no mundo inteiro, desta lamentável regressão à lei do mais forte. Ou seja, pura e simplesmente, à barbárie.
Quanto à arrogância, ela perpassa todo o seu texto, Sr. Samuel.
Ora o Sr. diz que os palestinos são "acomodados e ignorantes", ora trata com o mesmo desprezo a Nação e o povo brasileiros, "país da impunidade", "bem diferente de Israel", "com tantos recursos naturais vive na pobreza", etc.
Ora diz que O Rebate é um "jornaleco", ora que seus colunistas são "criminosos" e "idiotas".
Chega a ponto de afirmar que, em Israel, eu seria preso - e com "justa causa"! Então, é este o tratamento reservado, no país que o Sr. tão furiosamente defende, para quem nada mais fez do que expor argumentos e opiniões?
Novamente, fica a dúvida: tirando a escala em que foram exercidas, qual a diferença, afinal, entre as práticas que o Sr. recomenda/endossa e as da Alemanha de Hitler?
E é porque o Brasil é mesmo bem diferente de Israel, tanto quanto da Alemanha hitlerista, que o Sr. não conseguirá censurar O Rebate, nem intimidar seus colunistas.
Não porque aqui seja o "país da impunidade", mas por levarmos a sério alguns preceitos que o Sr. e o estado de Israel parecem ter esquecido. Tais como:
"Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos (...), sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição."Presumo que o Sr. nem imagine do que estou falando: são artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Aquele papelucho que Israel acredita não ter serventia nenhuma na faixa de Gaza...
"Toda pessoa tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal."
"Toda pessoa tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e idéias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras.
Sem mais (mesmo!),
CELSO LUNGARETTI
======== POST SCRIPTUM (03/11/2009) ========
Depois que encerrei, em todos os sentidos, o debate com o Sr. Samuel Groissman, ele continuou mandando respostas, sem se dar conta de que, nas polêmicas virtuais, não é a última palavra que conta, e sim a mais verdadeira.
Nada acrescentou de importante, além de acentuar seus delírios persecutórios ("O mundo inteiro é antissemita") e de resvalar para a calúnia pura e simples ("um texto de SUA AUTORIA... diz 'Pelo fim do Estado Racista de Israel'").
Tal palavra-de-ordem, na verdade, NÃO CONSTA DE NENHUM DOS MEUS TEXTOS, até porque não escrevo panfletos e exortações bombásticas.
Também disse que, se minha casa tivesse piscina, com certeza eu a estarei enchendo com água potável. Errou duas vezes:
- considero uma infamia desperdiçar recurso tão nobre numa piscina, em regiões onde a água é escassa;
- mesmo no Brasil, não tenho, nem quereria ter, piscina própria, pois me bastam as coletivas.
Um comentário:
Celso!
já que esse "Sr. Samuel Groissman" considera o Brasil um país da impunidade, que faz ele aqui? Que se vá para Israel e deixe nosso amado país já que considera Israel o melhor que qualquer outro.
afff... depois reclamam... quando eles mesmos propagandeiam contra si.
Haja paciência para aturar isso!
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