Como deputado lambe-botas dos militares, Marin era fã extremado do hediondo delegado Sérgio Fleury |
Luiz Felipe Scolari é o técnico escolhido para dirigir a Seleção Brasileira pela dupla de filhotes da ditadura
José Maria Marin/Marco Polo Del Nero, cuja condição de antigos
colaboradores do regime militar já foi exaustivamente provada pelo Juca
Kfouri.
Foi a PIOR
escolha possível. Assim como Dunga, trata-se de um antigo
cabeça-de-bagre dos gramados, que jamais esqueceu de como era humilhado
pelos craques. Depois, na condição de técnico, passou o resto da vida priorizando a
transpiração e detestando os que têm inspiração.
No
seu caso, o ressentimento dos limitados contra os naturalmente
talentosos atinge o paroxismo. Sempre preparou as equipes para a guerra,
não para competições esportivas. Daí suas conquistas serem quase todas
em torneios de curta duração, nos quais o aguerrimento às vezes prevalecia.
Antes
de se tornar totalmente superado, como está agora, ele vencia
mata-matas --e não medíocres como a Copa do Brasil 2012, que
provavelmente será seu canto do
cisne. Sempre apostando em defesas bem fechadas e algo desleais, num
lançador (desde Arce até Marcos Assunção) e num artilheiro (de Jardel a
Barcos). O futebol reduzido a um mínimo às vezes suficiente, mas sempre
tosco e sem brilho.
Só que, após a conquista do Mundial de 2002, até como técnico motivador ele tem fracassado melancolicamente.
Jogadores do Palmeiras sabotaram Felipão por ter colocado as torcidas organizadas contra eles |
Foi o maior responsável pelo
rebaixamento do Palmeiras, tendo perdido totalmente a autoridade moral
sobre o elenco quando os jogadores ficaram sabendo que, por meio de um
capacho, ele vazara às torcidas organizadas o nome de jogadores
baladeiros, para que os brucutus os fossem hostilizar.
Como os boleiros detestam traíras, o Palmeiras, a partir daí, convulsionou-se e entrou inexoravelmente no rumo da 2ª divisão.
Como os boleiros detestam traíras, o Palmeiras, a partir daí, convulsionou-se e entrou inexoravelmente no rumo da 2ª divisão.
E,
perante quaisquer esportistas de verdade, Felipão caiu do pedestal ao admitir que o Palmeiras entregasse jogos para
prejudicar o Corinthians no Brasileirão 2010. Chegou ao cúmulo de
liberar todos os titulares para férias antes da última partida.
O
pior de tudo é que sua indicação é uma aposta dos saudosos do
autoritarismo na fabricação de um clima patrioteiro, idêntico ao que
havia no Brasil em 1970 e na Argentina em 1978.
Não
funcionará, é claro, com o Brasil tendendo a ser detonado pela
Argentina do grande Messi ou pela excelência do jogo coletivo da Espanha
e Alemanha. Para superar nossa evidente inferioridade diante de tais
adversários, precisamos de técnicos estrategistas, não trogloditas.
Se seguirmos adiante com Marin, Del Nero e Felipão, o maracanazzo
de 1950 não vai se repetir... porque sequer chegaremos à
finalíssima. O mais provável é nem passarmos das quartas-de-final,
com o mestre Felipão se igualando a seu discípulo Dunga.