A ministra Maria do Rosário, dos Direitos Humanos, comunica o envio ao Congresso do projeto que institui o Sistema Nacional de Prevenção e Combate à Tortura, "compromisso assumido há quatro anos pelas principais democracias do mundo com a Organização das Nações Unidas".
Uma vez aprovado, acrescenta, "o País terá, pela primeira vez, um instrumento dedicado exclusivamente ao enfrentamento dessa grave violação dos direitos humanos".
O sistema será composto por duas instâncias básicas:
- o Comitê de Prevenção e Combate à Tortura, composto por 23 pessoas indicadas pela presidente, sendo a maioria da sociedade civil organizada; e
- o Mecanismo de Prevenção e Combate à Tortura, que terá 11 peritos indicados por esse Comitê.
Os peritos terão livre acesso a quaisquer instituições fechadas --centros de detenção, estabelecimentos penais, hospitais psiquiátricos, asilos, reformatórios e prisões militares.
Quando constatadas violações, os peritos vão elaborar relatórios com recomendações aos diretores dessas instituições, que terão um prazo determinado para adotar as devidas providências.
É uma iniciativa que merece e deverá receber nosso apoio irrestrito, pois a tortura continuou sendo praticada em larga escala e com impunidade quase absoluta depois que o Brasil se redemocratizou, só mudando o perfil dos torturados.
Vamos cerrar fileiras e esforçarmo-nos ao máximo para evitar que o Congresso desfigure mais este projeto importantíssimo, como vem fazendo com o que cria a Comissão Nacional da Verdade.
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