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9.4.08

HÁ ESPERANÇA

Celso Lungaretti (*)

Quarenta anos depois, pouca coisa mudou.

Temos, como em 1968, universidades públicas que não cumprem sua missão primeira, de formarem cidadãos capazes de refletir sobre a realidade em que vivem e nela interferirem de forma positiva, beneficiando a coletividade.

Antes elas forjavam os quadros dirigentes da elite, agora o pessoal especializado que mantém o sistema funcionando – sempre colocadas a serviço da classe dominante e não da sociedade como um todo (o que seria a justificativa de sua existência, caso contrário os contribuintes estarão sendo lesados).

Pode-se dizer que houve até uma involução, pois, quatro décadas atrás, o ensino superior pelo menos procurava dotar os alunos de conhecimentos globalizantes e um mínimo de raciocínio crítico; agora, a ênfase é toda no aprendizado acrítico de profissões, de forma que delas saem meros apertadores de parafuso com diploma acadêmico. Para se desincumbirem dessa função menor, bastariam os liceus de artes e ofícios.

Também não mudaram os reitores e hierarcas acadêmicos, recorrendo à pompa e ao autoritarismo para tentarem evitar que se perceba sua nudez: fingem-se de sacerdotes do saber, mas não passam dos gerentes de uma linha de montagem.

E, como todos os farsantes, esmeram-se nas ilusões, comprando as penas mais suntuosas para pavonear-se... à custa do Erário.

Então, não é por acaso que os jovens de 2008 voltam a trilhar os caminhos da geração 68. Os mesmos sonhos os embalaram e a mesma frustração os acometeu. Lutaram muito para chegar aonde estão e percebem que terão de lutar mais ainda para que a universidade seja realmente universidade.

Independentemente das circunstâncias de cada episódio, são merecedores de nosso total apoio os universitários que estão reerguendo movimento estudantil em todo o País – e, particularmente, os valorosos jovens da Universidade de Brasília, santos guerreiros que estão enfrentando o mais patético e desmoralizado dos dragões da maldade.

Correm o risco de sofrer uma ação policial por conta de um mandado de reintegração de posse que, atendendo à letra da lei, é um atentado grotesco contra o espírito da justiça: se as instituições funcionassem no Brasil, há muito o magnífico dilapidador dos recursos públicos teria sido botinado da reitoria – pela porta dos fundos!

Há alguma coisa de podre num país em que a lei mais parece contrariar do que concretizar a justiça.

Mas, nem tudo está perdido: depois de tantos mares de lama e escândalos impunes, é alentador vermos que a juventude voltou a travar as boas lutas.

Há esperança.

· Celso Lungaretti, 57 anos, é jornalista e escritor. Mais artigos em http://celsolungaretti-orebate.blogspot.com/

Um comentário:

luis carlos martins disse...

A Rede Globo e a mediática declara Guerra a Comunidade Negra afro-descendente brasileira

A Rede Globo de Televisão a maior do Mundo declarou Guerra a Sociedade Negra afro-brasileira, a mesma tem usado todo o seu poder, e faz uma campanha sistemática muitas vezes de uma maneira covarde perversa e mentirosa usando de recursos sórdidos, criando situações onde o negro parece o vilão da história, onde na verdade elas são vitimas de racismo, preconceito, discriminações e a segregação.
O padrão de qualidade Globo eugênista baseado nas idéias racistas de Artthur Gobineau Theodore Herzl, fundador do judaico sionista hoje a Globo televisão, jornais e serviços aliados da editora Abril do judeu Civita e da Folha de São Paulo jornal dos judeus Frias, desenvolvem campanhas sem integras contra aspirações da Comunidade Afro-Brasileira através de matérias falsas, com a única finalidade de confundir e sabotar buscando em dados de outros países de doutores racistas e a serviço do capitalismo e do imperialismo Internacional, falsos estudos e pesquisas com o único propósito de eternizar as minorias os negros e índios como sub-raça incapazes de autonomias culpando os negros da miséria e da violência do Brasil, essa mediática comandada por Ali Kammel o homem de confiança dos Marinhos, filhos do falecido do magnata Roberto Marinho tido como o dono do Brasil, homem que elegeu e derrubou vários Presidentes da Republica Brasileira, que conseguiu seu Império, através de atos de esperteza, sendo aliado dos Governos da Ditadura Militar, servindo o Imperialismo Americano e ao Estado de Israel, hoje a Rede Globo e como sempre passa uma imagem de honestidade e preocupação com o social, mas na verdade vive entre suspeitas de corrupção, atividade de lesar a Pátria, usando de seu Gigante aparelho de cooptação e favorecimento, a Rede Globo deve segundo outras mídias jornalísticas mais de 2 bilhões e meio ao BNDS e mais de 10 bilhões a empréstimos estrangeiros, tendo problemas com Fisco Italiano com a não renovação da concessão da RCTV pelo Presidente Hugo Chávez da Venezuela, e a grande Guerra do mercado publicitário com as Concorrentes. Hoje dois fatos debilitam moralmente a TV Globo o 1º é a internet que possibilita inúmeras informações as verdades e as mentiras, e a 2º é a própria observação do povo, é de ver os mega parques jornalísticos como Rio e São Paulo ao lado de favelas e miséria mostrando que a riqueza deste da nossa elite é que levam o povo brasileiro viver na miséria visível onde boa parte ou vive do sub-desemprego, pagar super salários de R$ 1 milhão e de até 3 milhões por mês a diretores, jornalistas e atores, é sabido também que empréstimos realizados nos períodos do Presidentes Collor, Sarney e de Fernando Henrique Cardoso verbas que eram para ser destinadas para a Construção de casas, hospitais postos de saúde, e saneamento básico e até da educação, foram para os empreendimentos da TV Globo e Roberto Marinho. Esta Organização sempre teve a serviço da elite dos empresários e da política oligarca e com certeza o Imperialismo Americano e aliada ao Estado de Israel, distorcendo e forjando informações três exemplos: recentemente marcaram estas posições maléficas a 1º Foi a tentava de todas as formas de descaracterizar o Governo do Presidente Hugo Chávez da Venezuela, colocando-o como ditador e inimigo do povo brasileiro, ligando o mesmo ao tráfico de


Domingo, 11 de Maio de 2008
As elites do Brasil tentam exterminar o direito dos negros afro-descendentes

CLIPPING
05/05/2008 - Fonte: Agência Câmara
120 anos atrasada, do 13 de maio da abolição da escravatura onde os negros foram libertados mas foram excluídos de direitos e incentivos ao contrario das imigrações que aqui chegavam, causando ao coletivo negro a desigualdade e a fragilidade marginalizando-nos o coletivo negro dentro do contexto social, econômico do Brasil, apesar de todas as entidades e movimentos negros vem enfrentando um loby poderosos das elites dominantes, liderados pela rede Globo contra leis que possibilitariam aos negros uma melhor vida econômica, social, de saúde, educacional, e na qualidade de vida do povo negro afro-descendente
Estatuto racial leva cotas para empresas, governo e TV
A criação de cotas para afro-descendentes no serviço público, em escolas, empresas privadas, partidos políticos, novelas e comerciais é um dos pontos mais polêmicos do Projeto de Lei 6264/05, que institui o Estatuto da Igualdade Racial. A opinião é do relator da proposta, deputado Antônio Roberto (PV-MG), que pretende concluir seu relatório no mês que vem, para que ele seja votado na comissão especial até julho.Outro item considerado "complicado" por ele é o trecho que regulariza a posse da terra ocupada pelos chamados quilombolas - os remanescentes dos antigos quilombos que não têm a posse definitiva das terras. Apesar de identificar esses dois pontos "polêmicos", o deputado mineiro pretende manter o texto que foi aprovado pelo Senado. "Vou levar em conta as emendas, mas, em princípio, minha intenção é relatar tal qual o estatuto está", disse.O presidente da Comissão Especial do Estatuto da Igualdade Racial, deputado Carlos Santana (PT-RJ), também espera urgência na aprovação do estatuto para começar a trabalhar "em outra frente", que é garantir recursos orçamentários para a aplicação do estatuto. "Já temos vários deputados se mobilizando para garantir a aplicação das políticas afirmativas já em 2009", declarou. Mercado de trabalho"Um exemplo concreto desse novo foco será a inclusão no mercado de trabalho dos milhares de cotistas que se formaram sob as regras do Prouni, que têm notas melhores que as dos não cotistas, mas não conseguem entrar no mercado de trabalho. Vamos ter que aprofundar essa discussão sobre como inseri-los no mercado de trabalho, porque não há mais o argumento de baixa qualificação", acrescentou. O Prouni é um programa do governo federal que concede bolsas de estudos integrais e parciais a estudantes de baixa renda (a maioria negra), em cursos de graduação e seqüenciais de formação específica. Em contrapartida, as instituições privadas de educação superior recebem isenção de alguns tributos. Paralelamente, diversas universidades federais e estaduais reservam uma parcela de suas vagas para estudantes negros. Pelo fato de as universidades serem autônomas, o estatuto não determina um patamar mínimo para essa oferta. Ele apenas determina que o poder público adote, na forma de legislação específica, medidas destinadas à implementação de ações afirmativas, que assegurem o preenchimento por "afro-brasileiros" de cotas mínimas das vagas nos cursos de graduação em todas as instituições públicas federais e aos contratos do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies). Existem, atualmente, 54 instituições federais de ensino superior no Brasil. Dessas, pelo menos 20 reservam parte das vagas de acordo com a cor ou a condição social do candidato.RegulamentaçãoEssa regulamentação posterior permeia todo o texto do estatuto. Por não ser uma peça determinativa, Santana lembra que todas as propostas precisarão de projetos complementares. "O estatuto aponta caminhos", define o deputado fluminense. "Sua aprovação, no entanto, é o reconhecimento efetivo da necessidade de políticas afirmativas em todas as áreas e definirá o viés das discussões complementares", acrescentou. Conheça as propostas do Estatuto da Igualdade Racial Íntegra da proposta

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