O      professor Carlos Lungarzo (foto), militante da Anistia  Internacional    há  32 anos, considerou das mais perigosas a situação  criada pelo     torturador Brilhante Ustra, ao trombetear nome, dados  pessoais e fotos     de cinco participantes da manifestação de repúdio à  ditadura de  1964/85    que teve lugar diante do Clube Militar do Rio  de Janeiro na  semana    passada.
Assim,      Lungarzo enviou um alerta máximo, em inglês, francês e espanhol,   às     redes de direitos humanos no Brasil e no exterior, pedindo-lhes  para     tornarem amplamente conhecida tal ameaça.
Cientificou também o ministro da Justiça José Eduardo Cardozo e o senador Eduardo Suplicy 
Espera-se que providências sejam tomadas para garantir a vida e a integridade física dos manifestantes.
Na      manhã desta 4ª feira (4) continuava no ar, no site em que Brilhante      Ustra (tendo sua esposa como alegada administradora...) defende o      totalitarismo e o terrorismo de estado do qual foi uma das principais      expressões, o post Identificado jovem cuspidor do conflito no Clube Militar. Vide aqui.  
O justificado temor é que seus seguidores entendam a publicação como o que parecer ser: uma instigação a retaliações violentas.
Repito      o que disse na minha primeira denúncia: se qualquer um deles sofrer     uma  agressão covarde como as que eram marca registrada da ditadura     militar,  já sabemos quem deve ser responsabilizado como indiscutível     instigador e  provável mandante.
Assim      como reafirmo minha perplexidade diante da forma acintosa com que     Ustra  retoma suas antigas atividades, agora à frente de uma espécie  de     DOI-Codi privado. Afinal, se até as intimidações da ditadura   continuam    sendo consentidas, para que serviu 1985?
Finalmente,      é repulsiva a chantagem emocional de Ustra, ao fazer uma novela      lamurienta acerca da idade do coronel aviador Juarez Gomes da Silva, o      alvo da cusparada.
Não      se trata de um doce e inofensivo octogenário, mas sim do presidente    do   Ternuma-RJ, portanto dedicado dia e noite à  justificação/exaltação   do   arbítrio, minimização de atrocidades,  distorção de episódios   históricos  e  satanização dos heróis e  mártires da resistência à   tirania (contra  os  quais move campanhas  permanentes de difamações,   calúnias e  injúrias). 
Ele pode ser visto numa IstoÉ      de 2003 se dispondo a desenvolver uma campanha publicitária para      apresentar membros do governo (inclusive a então chefe da Casa Civil      Dilma Rousseff) como "terroristas" e declarando que o então ministro  da     Justiça Tarso Genro não passaria de um "canalha" (acesse aqui).
TEXTOS CORRELATOS (clique p/ abrir):
CLUBE MILITAR: BRILHANTE USTRA INCITA REPRESÁLIAS CONTRA MANIFESTANTES
PM FRATUROU BRAÇO DE MANIFESTANTE NO PROTESTO DIANTE DO CLUBE MILITAR
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