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27.8.10
SOLTARAM OS HUMORISTAS!
25.8.10
CASOY x LUNGARETTI: O XIS DA QUESTÃO
23.8.10
CASOY ME MOVE AÇÃO CRIMINAL POR ARTIGO SOBRE O EPISÓDIO DOS GARIS
17.8.10
EM COMUNICADO INSOLENTE, IRÃ REPELE OFERTA DE LULA
Mahmoud Ahmadinejad se nega a transferir um "problema" para Lula, como se nosso presidente fosse um incapaz necessitado de tutela externa ao tomar suas decisões.
"Em relação à presença ou ao exílio de Sakineh Mohamadi no Brasil, é necessário considerar alguns pontos e questões significativas. Quais são as consequências desse tipo de tratamento aos criminosos e assassinos?
"Esse ato não promoverá e não incitará criminosos a praticar crimes?
"Será que a sociedade brasileira e o Brasil precisarão ter, no futuro, um lugar para os criminosos de outros países em seu território?"
E a imprensa informa que as pressões por uma intervenção militar estão aumentando nos EUA.
Ahmadinejad e sua trupe sinistra mostram um talento todo especial... para marcarem gols contra.
De quebra, trataram a pontapés o único presidente de uma grande nação que lhes estendeu a mão.
Vocês já viram esses pobres tolos enterrando-se cada vez mais nos caça-níqueis, sem ânimo para ir embora porque já perderam durante horas a fio e querem acreditar que a sorte acabará virando?
Pois é, nunca vira e eles despencam até o fundo do poço.
A situação é a mesma. O Brasil já perdeu muito apostando no Irã e perderá mais ainda insistindo. É hora de respeitar a si próprio e de se fazer respeitar por estrangeiros insolentes.
Então, espero que o Itamaraty não atrapalhe: Vannuchi está falando pelo Brasil.
14.8.10
"ÉPOCA" DESTACA TRAJETÓRIA DE DILMA NA RESISTÊNCIA À DITADURA
Cheguei a dar depoimento um tanto inconclusivo, já que conheci brevemente a Dilma durante o Congresso de Teresópolis da VAR-Palmares (outubro/1969) e nossos caminhos jamais se cruzaram de novo. Não acrescentaria mesmo nada e Eumano fez bem em deixá-lo de lado.
".Dilma não participou [de ações armadas], não foi interrogada sobre o assunto e sequer denunciada por participação em qualquer ação armada, não sendo nem julgada nem condenada por isso.
"Dilma foi presa, torturada e condenada a dois anos e um mês de prisão pela Lei de Segurança Nacional, por 'subversão', numa época em que fazer oposição aos governos militares era ser 'subversivo'".
12.8.10
IRÃ MONTA FARSA PARA JUSTIFICAR EXECUÇÃO DE SAKINEH
Face ao desabafo de um magistrado alemão, estupefato por as coisas terem saído tanto do controle durante a era nazista, um membro do tribunal explica:
"Esses horrores todos começaram quando o primeiro juiz condenou o primeiro réu que ele sabia ser inocente".
10.8.10
O CAPITALISMO SELVAGEM ACABOU... MESMO?
Para as novas gerações, vítimas da faina incessante da indústria cultural no sentido de obnubilar as consciências, explico: personagem principal da obra-prima Os Miseráveis, Valjean perde os pais ainda criança, é criado pela irmã mais velha e, quando esta enviuva com sete filhos para criar, vai à luta para sustentar sua família.
Num inverno em que não consegue emprego, o desespero o leva a roubar um pão.
Preso e condenado a cinco anos de trabalhos forçados, acaba cumprindo 19, em função das várias tentativas de fuga.
Magníficos atores, como Friedric March, Jean Gabin, Gerard Depardieu e Liam Neeson, interpretaram Valjean nas versões cinematográficas de Os Miseráveis -- que somam, pelo menos, 12.
Para mim, ele sempre terá a forte imagem de Lino Ventura, protagonista da minissérie de TV dirigida em 1982 por Robert Hossein e depois condensada para o cinema. Talvez porque este carismático ator italiano, mais lembrado por suas interpretações de gangstêres e delegados na grande fase dos filmes policiais franceses (anos 60 e 70), fosse parecidíssimo com um tio-avô meu...
Já os pobres coitados que revivem o drama de Valjean por caírem em armadilhas do destino são incontáveis -- porque o capitalismo, no que tem de essencial, em nada melhorou desde o século 19 nem será redimido jamais; vai continuar tangendo o homem a ser o lobo do homem, enquanto perdurar.
Valjean aparece no noticiário da última 2ª feira (9) em versão feminina: Juíza manda prender desempregada, mãe de 10 filhos, por calote de fiança:
"Uma diarista desempregada, mãe de dez filhos, moradora de uma favela em Cidade Tiradentes, zona leste de São Paulo, corre o risco de ser presa a qualquer momento se não pagar R$ 300 à Justiça.
"A cobrança se refere à fiança por ela ter sido presa em flagrante e depois libertada ao tentar furtar roupas de um supermercado. O crime aconteceu no dia 30 de julho.
"Claudinéia Freitas Santos, 38, foi até um supermercado Carrefour e tentou furtar dez bermudas e dois sapatos para os filhos. Um segurança a flagrou e chamou a polícia. Acabou presa em flagrante".
OMITIRMOS FACE ÀS INJUSTIÇAS
Mesmo assim, vale sempre mobilizarmo-nos para que as ocorrências escabrosas noticiadas tenham um desfecho justo -- pois, além de evitar-se o pior para as vítimas em questão, o exemplo poderá beneficiar a outros(as) coitadezas, em circunstâncias semelhantes.
Então, escrevi um artigo chamando a atenção dos companheiros para o caso, tão logo a imprensa o noticiou. E os estimulei a mandarem e-mails de protesto à rede Carrefour.
O sempre combativo Carlos Lungarzo, da Anistia Internacional, entrou de imediato na cruzada. E houve expressivo número de internautas que manifestaram seu inconformismo às profissionais de comunicação social do Carrefour.
A todos chegou a mesmíssima resposta, palavra por palavra:
"A empresa não prestou queixa, mas tomou as providências cabíveis para casos de furto, que é a de acionar as autoridades policiais".E entregou o destino de Claudinéia nas mãos do Estado, que "assume a posição de acusador" porque "o caso foi definido como crime de ação penal incondicionada".
Ou seja, a empresa lavou as mãos, escorada nos formalismos:
"Em outras palavras, o Carrefour não tem legitimidade para autorizar a revogação da fiança decretada pela Justiça".Então, estamos conversados.
Assim como em Os Miseráveis, cada vez que um Valjean qualquer surrupiar um pão do Carrefour, a empresa o entregará à Polícia e vai dar suas responsabilidades por encerradas.
Não terá o mínimo interesse em verificar se o furto foi motivado pela falta de dinheiro para comprar drogas ou pela falta de alimento para evitar que uma criança morresse de fome.
Dá tudo no mesmo.
Porque questão social e caso de Polícia são a mesma coisa, na ótica que se depreende das afirmações dos porta-vozes do Carrefour.
E, para não desembolsar 300 reais numa fiança nem entregar alguns vestuários e cestas básicas para uma pobre coitada, a empresa perdeu a oportunidade de exibir uma face humana -- aquela que seu gerente deveria ter mostrado, liberando Claudinéia, já que não houvera prejuízo.
IMPRENSA E BLOGUEIROS EVITA O PIOR
Pois bem, em minha atividade de relações públicas eu avaliaria como catastróficos os danos causados à imagem do meu cliente num caso como este.
Pode-se até compreender que um gerente mais realista do que o rei corra a chamar a Polícia em episódio na qual não havia a mínima necessidade disso.
Mas, é ao rei que compete dar a última palavra.
Então, um diretor do Carrefour deveria vir a público para deixar claro que, embora a rede tenha sido fundada na França, não aprova nem repete a inclemência face aos miseráveis que Victor Hugo criticava nas autoridades francesas do século 19.
Pois, há sempre a chance de uma queixa dessas, que não fere a letra da Lei mas estupra o espírito da Justiça, ser recebida por autoridades brasileiras igualmente insensíveis.
E de uma mãe de 10 filhos acabar na prisão por causa de dez bermudas e dois sapatos, assim como Jean Valjean passou 19 anos em trabalhos forçados por causa de um pão.
Com a diferença de que Claudinéia é uma senhora de carne e osso, levando vida das mais sofridas, e não um personagem literário.
Felizmente, a Justiça paulista voltou atrás na própria 2ª feira, revogando o mandado de prisão que expedira quatro dias antes, de forma que a diarista responderá ao processo em liberdade.
A péssima repercussão junto à opinião pública fez com que começassem a corrigir uma situação de iniquidade extrema.
Espanta, no entanto, que o caso tenha ido tão longe.
E que, antes da intervenção da imprensa e dos blogueiros, tendesse a reeditar a desumanidade do capitalismo selvagem, supostamente deixado para trás.
5.8.10
RETÓRICA ULTRADIREITISTA TEM DESTAQUE NO SITE DO SERRA
Duas das postagens foram efetuadas pela RedePSDB (http://kkkwww.youtube.com/watch?v=XEORM3qcZyo&) e por Mobiliza-PSDB (http://kkkwww.youtube.com/watch?v=jSi2vYcnWq4). [Para acessar, delete o kkk.]
“Esse homem lutou mas não foi para a luta armada”.Ou seja, repisa duas falácias comumente encontradas nos sites das viúvas da ditadura e/ou ultradireitistas e/ou dos militares reacionários:
“Hoje alguns políticos se gabam de terem lutado contra a ditadura, mas pedem dinheiro, contraprestação por suas lutas (...) que vem do dinheiro público do povo. Serra, Serra não. Nunca pediu dinheiro algum. Lutou pelo amor que sempre teve pelo nosso país (...) Esse homem abriu mão de tudo isso, para que o dinheiro seja voltado para nossa educação, para nossa saúde, para nossa segurança, para nosso desenvolvimento e não para políticos que se gabam de heróis da Pátria”.
- a de que seria incorreto resistir pela força à tirania, devendo os cidadãos idealistas deixarem-se massacrar sem reação ou desistirem de lutar contra o arbítrio quando o terrorismo de estado atingiu o ápice sob o ditador Médici; e
- a de que não cabe aos heróis brasileiros e às famílias dos mártires aceitarem, por vidas parcial ou totalmente destruídas, reparações como as que as nações civilizadas, seguindo orientação da ONU, outorgaram às vítimas congêneres de nações do 1º Mundo (caso, p. ex., de quem resistiu ao nazi-fascismo na Europa).
A assessoria do candidato tucano eximiu-se de responsabilidades, atribuindo a postagem a um "simpatizante". E correu a substitui-lo por outra peça promocional.
Diz a sabedoria popular que "quem cala, consente".
Há também os que calam, consentem, depois tentam salvar as aparências. Estes são os piores.
DEPUTADOS BRASILEIROS APELAM AO IRÃ POR SAKINEH
“Relembrando que o Brasil já ofereceu a Ashtiani e a sua família concessão de asilo político;
“Ressaltando a necessidade de um esforço conjunto com o intuito de banir em todo o mundo as penas de apedrejamento e de morte em todas as suas formas;
“Reafirmando a tradição brasileira de defesa veemente dos direitos humanos;
“Relembrando que nossa Constituição Federal, em seu artigo 4º, estabelece que a República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais, entre outros, pelo princípio da prevalência dos direitos humanos;
“Confiantes da necessidade de o parlamento brasileiro participar ativamente em prol da defesa absoluta dos direitos humanos, em concordância com o princípio da não-indiferença, que adverte não ser possível resignar-se diante do sofrimento alheio;
“Considerando que a defesa dos direitos humanos se coaduna com a doutrina da não-intervenção em assuntos internos dos Estados e que a vida deve ser tratada como valor supremo;
“Exortamos o governo do Irã a libertar Sakineh Mohammadi Ashtiani, condenada à morte por apedrejamento”.
Cabe agora ao vice-procurador-geral Saeed Mortazavi decidir se seu país está no 3º Milênio ou no 1º, quando viveu Maomé. Deverá fazê-lo na próxima semana.
Sakineh nem sequer conta com defensor atualmente, pois seu advogado Mohammad Mostafaei precisou fugir do país: foi interrogado durante quatro horas, libertado, mas teve sua prisão decretada três dias depois. Escapou atravessando a fronteira com a Turquia
Os parentes de Mostafaei tiveram menos sorte: não conseguiram escafeder-se em tempo e foram detidos (melhor seria dizer tomados como reféns).
A condenação de Sakineh se deu graças uma estapafúrdia figura jurídica do Irã, chamada de conhecimento do juiz, que dispensa a avaliação de provas e testemunhas. Ou seja, vale mais uma convicção preconceituosa do que mil evidências concretas.
Durante as trevas medievais, era assim em todo o mundo.
Hoje, só em grotões onde a civilização não chegou, como o Irã.
3.8.10
CURSO OBJETIVO VENDE GATO POR LEBRE, COM O AVAL DA "FOLHA"
Decidi que queria mesmo era meu lugar ao sol num Brasil solidário e justo, que o capitalismo jamais propiciaria.
Fiquei, entretanto, tempo suficiente naquela instituição — cujos proprietários e professores eram estudantes da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP — para constatar que sua prioridade era formar cidadãos conscientes e dotados de espírito crítico, capazes de vencer os desafios da vida e não apenas de transpor a barreira do vestibular.
Finda minha sofrida passagem pela luta armada, quando juntava os cacos para seguir vivendo após meus sonhos maiores terem sido postergados por décadas, sem que sequer se vislumbrasse a luz no fim do túnel, fui buscar no Equipe Vestibulares o necessário para ingressar numa faculdade de Jornalismo.
Cisão do Cursinho do Grêmio, também o Equipe incutia nos alunos o interesse em irem muito além do estritamente necessário para o vestibular. Não era só o como que importava, havia uma infinidade de porquês sendo colocados, discutidos, aprofundados.
Contra essa visão do ensino como instrumental para a compreensão do mundo e participação crítica na sociedade, vicejou uma outra, utilitária, mesquinha, castradora: a linha de montagem de robozinhos chamada Curso Objetivo.
Usando e abusando de recursos da nascente informática, o Objetivo sistematizou o levantamento do que já havia caído em vestibulares e a projeção do que provavelmente cairia no seguinte, martelando na cabeça dos alunos esses retalhos de conhecimento por meio de shows-aulas, com os recursos audiovisuais e as performances canastrônicas dos professores servindos para tornar menos intragável a chatice. Decoreba modernizada, enfim.
Esta didática que desvirtuava a Educação foi alavancada pela redução do vestibular a um mero exercício de fincar cruzinhas em questões de múltipla escolha.
A ditadura sabia a quem lhe convinha facilitar o ingresso no curso superior: as chances dos c.d.f., dos esforçados mas não brilhantes, eram maximizadas por esses exames grotescos, em detrimento da capacidade de raciocínio e da criatividade — as quais, não por acaso, eram características marcantes dos insatisfeitos com o regime.
E, como o Objetivo tinha bons resultados quantitativos para trombetear, sua metodologia Frankenstein ocupou espaços cada vez maiores no mercado, aplicada por si e pelos outros cursinhos que a copiaram.
Depois de alguns anos, entretanto, o ensino superior começou a despertar desse pesadelo, reintroduzindo questões dissertativas no vestibular, para preencher suas salas de aula com algo mais do que laranjas mecânicas.
O tempo passou, o país se redemocratizou, vivemos uma nova realidade, mas o leopardo não perde as pintas, nem o Objetivo deixa de corporificar a pior mentalidade capitalista aplicada ao ensino.
Assim é que, em anúncios de página inteira veiculados nos jornalões, crava: Objetivo cria escola só para bons alunos.
E, em letras garrafais, reproduz citações de uma matéria que, à primeira vista, até me pareceu uma daquelas peças louvaminhas que são contratadas e detalhadas nos Departamentos Comerciais da grande imprensa, chegando às redações como tarefas a serem cumprida seguindo as especificações da bula:
“O Objetivo criou uma escola apenas para bons alunos. O Colégio Integrado Objetivo tem o mesmo endereço da tradicional unidade Paulista (avenida Paulista, 900) (…)
“A mensalidade (cerca de R$ 1.600) e a carga horária não mudam. A diferença é que no Colégio Integrado, criado em 2008, só entra aluno com nota alta. Além disso, ele oferece aulas extras para os alunos no período da tarde e os professores são ‘especiais’.”
O ridículo, no anuncio, chegou ao ponto de serem apresentadas como verdades irrefutáveis as alegações do Objetivo sobre os motivos de tão prodigioso colégio, que se propõe a isolar os geniozinhos para melhor moldá-los como raça superior, não figurar bem no Enem.
‘AUTOFAGIA PERIGOSA’
No entanto, a coluna de Suzana Singer, ombudsman da Folha, no último domingo (1º), Um texto, dois objetivos, esclareceu que não se tratava de uma armação comercial imposta à redação, mas sim de um texto jornalístico que foi desfigurado para adequar-se à imagem que o Objetivo queria projetar:
“O que era uma reportagem crítica virou, em cinco dias, peça publicitária. Em 20 de julho, a Folha relatava, com chamada na primeira página, que a rede Objetivo criou uma escola apenas para bons alunos, que ganham aulas extras à tarde, ministradas por professores considerados ‘especiais’.
“Esse grupo teria obtido no último Enem, o Exame Nacional de Ensino Médio, uma nota suficiente para aparecer como segundo colocado no ranking nacional.
“Nas entrelinhas, o que se deduzia era que não se tratava de fato de uma escola nova, mas de um artifício: separam-se os mais estudiosos, eles obtêm boas notas no Enem e o nome do colégio aparece no alto do ranking das escolas.
“Nos dois primeiros parágrafos, o texto dizia que o Colégio Integrado Objetivo, criado em 2008, não tem um prédio próprio, cobra a mesma mensalidade e tem carga horária obrigatória idêntica às demais unidades da rede.
“Era para ser uma denúncia, mas a reportagem deve ter sido comemorada na avenida Paulista, 900, onde fica a sede do Objetivo. O texto virou anúncio de página inteira, publicado quatro vezes na Folha e em outros jornais.
“O colégio reproduziu o título da reportagem, destacou várias partes e assinalou em letras grandes: ‘Parabéns alunos e professores do Colégio Integrado Objetivo pelo êxito no Enem’. Deixou, no alto, o logotipo da Folha para dar credibilidade.
“O anúncio, porém, omitiu vários trechos importantes. Um deles dizia que ‘as demais unidades do Objetivo, que não selecionam os alunos, não vão tão bem assim no ranking do Enem’.
“Outro afirmava que a escola premia com iPhone e notebooks os que se destacam nos simulados.
“Dois parágrafos subtraídos tinham declarações de uma educadora criticando a prática de selecionar alunos”.
Ou seja, o Objetivo pegou um texto jornalístico que tinha prós e contras, suprimiu todos os contras e trombeteou os prós. Será que, nesse seu colégio-chamariz, também são ministradas aulas de ética?
A ombudsman revela que, depois de produzir o anúncio com o texto expurgado e maquilado, a agência de publicidade do Objetivo entrou em negociações comerciais com a Folha, que, mediante pagamento pelo uso do seu material, concordou com o abuso.
Suzana interpelou a Secretaria de Redação, que defendeu a distorção cometida:
“A avaliação foi a de que a essência da reportagem não foi adulterada”.
Mas, cumprindo conscenciosamente sua função, a ombudsman sustenta que o procedimento foi aberrante:
“Se fosse isso mesmo, a reportagem original teria algo bem errado, já que seria praticamente um press realese. Mas não era. Foi retalhada e usada como peça de marketing.
“Para os leitores, expostos mais vezes ao anúncio do que à reportagem, fica a impressão de que a Redação da Folha prestou um serviço ao Objetivo. O jornal permitiu uma autofagia perigosa”.
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